MATRIX, JAMAIS

Se eu achasse um Gênio, eu ficaria com a lâmpada maravilhosa e o dispensaria. Se eu me achasse um gênio, talvez estivesse me esperneando dentro de uma garrafa velha, doido pra achar um amo. rsss

Hollywood e sua “troupe” de especuladores e mestres na arte da interpretação, mascaram com o aparato tecnológico de fartos e exagerados efeitos especiais o passado, mesmo aqueles de tempos remotos e sequer ficam “vermelhos”.

Fazem esse exercício com tanta naturalidade e se portam como se estivessem no túnel do tempo filmando a verdade. A gente imagina ou supõe na convergência de sonhos e conhecimentos com o produtor, alguns possíveis chutes próximos de acertos, mas em filmes épicos com certeza erram feio. Conseguiram até a façanha de dar um jeito de fazer dinossauros e humanos conviverem num mesmo tempo.

E usando uma farta coleção de fantasias espetaculares de seus realizadores, manipulam também o futuro, certamente com influencias do meio político, econômico e cultural, e às vezes com a sutileza dos informes publicitários em cada película que produzem, o que não quer dizer que seja proibido o exercício da imaginação, a matéria prima da arte de fazer cinema e fazer o jogo das conveniências. E assim, o filme Planeta dos Macacos, por exemplo, além de uma grande piada, foi um pesadelo. E tomara que não seja uma profecia, mas valeu pela plástica ou pelo alerta ou pelo susto. Pode acontecer? Ninguém sabe.

Portanto, se não podemos ver em ação, o Deus que a humanidade criou, o cinema faz essas simulações muito bem, mostrando Ben-Hur, El-Cid, Os dez Mandamentos ou Barrabás, além de super-homens que voam, que são invisíveis e que se transformam em aranhas, chamas ou em água, como em Matrix, ou até mesmo em robôs gigantes. Fabricam também seres humanos incríveis e até mais próximos da realidade como o incrível Bruce Lee que não precisava de doublé e assim podemos ver e sonhar com simulações além da nossa imaginação. O exterminador do futuro já elegeu um Governador na terra dos comedores de hamburgueres e provavelmente contribui para a violência e matanças em colégios. A Televisão a mais terrível aliada do cinema tem a vantagem da ação de efeito imediato e age no paralelo para eternizar nas mentes essas imagens e estórias e tudo que sabemos ou pensamos saber, tem a moldura da conveniência dos ilusionistas de plantão, que usam a repetição das imagens (vídeo-tape) para enfatizar aquilo que querem.

De sobra também, os devaneios e especulações por parte dos cientistas ao supor por exemplo que há 80 milhões de anos o Brasil era praticamente cercado por água e que o mar tinha uma altitude maior que a de hoje em 170 metros.

Pode parecer irônico, mas seria o caso de se afirmar, que se a camada de ozônio continuar aumentando, vamos restabelecer o nível de água que havia há 80 milhões de anos quando as camadas de gelo derreteram e inundaram os continentes. Isso de certa forma joga por terra alguns conceitos de que estamos contribuindo com o aquecimento do planeta quando na verdade ele por si só sofre transformações cíclicas violentas independentemente da ação do homem. Minha primeira lição de ciências físicas e biológicas no ginásio, já era o inicio desse terrorismo que nos impõe o conhecimento pleno das coisas e que servem no paralelo a muitas outras finalidades. Alguns adolescentes se desesperam ao descobrirem finalmente a realidade nua e crua de que um dia com certeza vão morrer. O cinema faz a festa e os fanáticos religiosos usam sal, pimenta, querosene e botam fogo nessa fragilidade grotesca.

Temos então, o Cinema, a ciência e aqueles que misturam os dois para o exercício do novo apocalipse mesclado antes de fanatismo religioso e agora mais recentemente por conveniências de grupos que querem transformar questões secundárias em bandeiras de luta. E assim estamos todos embarcando nessa canoa furada, perdendo a consciência de uma realidade simples, de caras pintadas, mas de mentes lavadas, sem causas. Eles se mostram indignados sem saber porque.

Enquanto nos tornamos reféns do lixo atômico, lixo hospitalar, sacolinhas de plástico de supermercados, garrafas de refrigerantes e outros inventos do sistema, para agregar preço por conforto e aparência, nos esquecemos das soluções, da nossa inteligência e da autoridade que temos ou que nos outorgamos.

Ficamos preocupados em reproduzir bacias oceânicas do período cretáceo ou com mudanças ocorridas na produção da crosta oceânica, sedimentos, fronteiras da placa tectônica, etc.. E ainda dizem por aí que estamos criando a tal camada de ozônio e como conseqüência a atmosfera está esquentando e provocaria com isso o derretimento de geleiras. Ora, ocorrendo isso estaríamos retornando ao que era antes quando 80 milhões de anos se passaram, o que nos leva a crer que essas mudanças são cíclicas e ocorreriam de qualquer maneira, com ou sem poluição. Segundo previsões daqui a mais 80 milhões de anos, o nível do mar poderá baixar mais 120 metros, menos, comparado ao mesmo período que antecedeu. Preocupar por quê? Talvez assim, nos esqueçamos que em Alagoas terra natal do ex-presidente que se tornou um cangaceiro vingativo e que zombava de todos nós andando de Jet Ski, ainda existe trabalho de bóias frias cortando cana e calçados com sandálias havaianas, trabalhando num sistema de escravidão. Talvez possamos nos esquecer ainda que nesse tempo, todo nosso dinheiro foi saqueado e que mais tarde no Governo seguinte, todas as nossas empresas Estatais foram vendidas a preço de banana.

Da mesma forma, a loucura toma conta dos idiotas que se julgam donos da verdade através da especulação absurda de que criamos o computador como se fosse ele a imagem de tudo que somos e vivemos. Não podemos chegar a esse ponto absurdo de supormos que criamos uma coisa que já existe e pior, que somos essa coisa. Mesmo porque, um computador gigante jamais programaria em seu seio, tamanhas injustiças sociais, como as que enfrentamos e uma reprodução desordenada como a que existe.

Homens superiores, inteligentes, insensíveis, direcionados exclusivamente para satisfazer necessidades de produção em larga escala, com índices de produtividade cada vez mais eficientes, continuarão a inventar e produzir máquinas que possam substituir unidades inferiores, com capacidade de raciocínio limitada.Essa é a verdade, pura e simples, contra a qual nada se pode fazer, ou contra a qual, ou nada se quer fazer, por conveniência daqueles que não se importam com a busca da felicidade ou da satisfação do ser humano em primeiro plano. Primeiro esses grupos buscam um retorno para seus investimentos. Então, não é tão simples esse raciocínio, se visto, sob o angulo da inteligência humana de uma minoria, que domina o resto.

Deus teria criado então, seres inteligentes, mais bem dotados, para dominarem seus semelhantes, mas então o Deus que pregamos é o Deus da ilusão? da falsa realidade? pois muitos usam sua superioridade, para criar a miséria humana e lucrar com seus métodos de esperteza.

Portanto, Matrix de certa forma, até pode existir, mas se somos dominados por máquinas, onde reside a lógica do sofrimento humano?.E máquinas estariam aptas a fazer o julgamento correto?

Dentro daquele raciocínio de que o homem foi feito à imagem e semelhança desse criador, nós podemos ver que os “inferiores” têm circo e pão e os “superiores” e criativos, são pequenos grupos dentro e fora da arena, que manipulam e simulam situações e espetáculos indignos ou dignos da raça humana e investem no sofrimento a longo prazo.

Ayrton Sena, é um exemplo de que a maquina domina o homem e o leva a morte. As máquinas mortíferas e voadoras foram criadas por homens inteligentes, que estão a serviço da evolução, que a colocaram a disposição também de homens egoístas e ávidos por dinheiro. Ai entra o gladiador Ayrton, que nos tempos de Roma, seria o escravo Ben-Hur e nos tempos modernos teve o patrocínio das grandes marcas, que não vendem produtos, mas vendem ilusões, vendem imagens sensacionais, espetaculares e manipulam seres humanos como mercadorias e manipulam assim, a vida e a morte. Um corredor de formula I, se foi e um outro Matrix chamado Muhammad Ali, de tanto bater e apanhar anda por aí que nem um Zumbí e Ronaldo Fenômeno um dos maiores jogadores de futebol que presenciei na minha geração depois de Pelé, Tostão e Rivelino, esteve na mesma trilha.

Portanto, o filme Matrix misturando fantasias com a realidade e com a ajuda de efeitos especiais, provoca em todos nós, a falsa idéia de que todos os problemas mais sérios da humanidade são secundários. Então, melhor que sejamos felizes assim na ilusão de que caminhando na praia possamos ver sempre quatro pegadas na areia, ou que possamos, quem sabe, achar o gênio dentro de uma lâmpada maravilhosa. Esfreguemo-na e pronto, todos os nossos problemas estarão resolvidos.

Melhor nem assistir para não termos que crer na hipótese de que Konrad Zuse teria se desmontado frente a um grande espelho para construir os primeiros computadores eletromecânicos programáveis do mundo, ao mesmo tempo quase em que John Von Neumann, nos anos 40, defendia a idéia de que Deus seria uma base de sistemas lógicos que fossem auto-reprodutores e que imitassem assim a própria vida. O nosso sistema então (todo o universo) seria um enorme e auto-suficiente computador. E a TV, seria sem duvida o instrumento de “atualização” dos programas nas memórias das várias unidades da rede que somos individualmente cada um de nós.

Fantasmagórico, mas até bem possível. Estamos assistindo até exorcismo pela TV e jovens rebeldes “Orkutianos” defendem a absurda idéia de que os pobres mosquitos da dengue estão se vingando do ser humano por terem causado a poluição e terem sido expulsos de seu habitat natural. Pobres humanos, sendo julgados e executados pela fértil e imbecil imaginação de inferiores desmiolados que falam pelos cotovelos porque não sabem que na guerra pela sobrevivência, vale tudo e o mosquito é uma parte da natureza. Esquisita, mas é.

Temos que buscar um consenso e objetivos comuns ao invés de ficarmos cedendo a estímulos daqueles que fabricam pontos de atritos para se beneficiarem em nome da defesa de animais e da natureza. Basta olhar no caixa de um supermercado um consumidor com uma “bola verde” pregada na testa, com uma sacola ecológica, enchendo-a de mil produtos que despencaram das gôndolas dos supermercados e praticamente todos embalados com plástico. É como se estivéssemos todos olhando por um buraco de uma fechadura, com a porta escancarada.

Talvez quando eu assistir o filme 10.000 A.C. de Roland Emmerich, recomendado por um amigo meu, eu possa mergulhar no mundo maravilhoso das trevas e ficar por lá

Luiz Bento (Mostradanus)
Enviado por Luiz Bento (Mostradanus) em 24/02/2012
Reeditado em 30/10/2012
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