A Sargentona
Ela manda, desmanda, olha feio, grita e às vezes ensaia jogar algo em minha direção, quem?! A minha noiva, a sargentona de semblante acreano.
Conversar mansamente com ela é quase impossível, a menos que ela fique sem voz em alguma rouquidão desenfreada que porventura possa surgir, ao contrário, conversar com ela significa ser interrompido por juízos gritantes ao pé do ouvido.
Imagine quando nos casarmos e vivermos como uma família: pai, mãe e filhos em casa... Imaginou? Mas calma, tudo tem um lado bom, nesse caso, pelo menos seremos uma família bem disciplinada.
Hora pra acordar, dormir, comer, arrumar a casa e ai de quem não fizer tudo certinho: “20 flexões, vamos lá”, gritará ela.
Porém, permita-me explicar: ela não é uma pessoa ruim, tem apenas um temperamento explosivo, moldado pelas intempéries da vida, algo normal, é personalidade... Cada um tem a sua.
Eu, por enquanto, vou fazendo graça com o seu jeito único e um tanto desproporcional de ser, afinal de contas, eu também não posso negar... Ela também manda no meu coração.