Amado da terra do Brasil ( Crônica Poética )
Assim como se ama a natureza, ama-se também o artista, engenheiro da palavra, escultor de ideias e exímio malabarista que enfoca cenas cotidianas de monumental beleza.
Do cenário baiano é inigualável pintor, tece cultura e tradições com assaz maestria, em nada do que descreve pincela de alegoria e faz de seu regionalismo a estrada onde trilha o perfil de escritor.
Amado do nome, amado nas letras, tudo retrata, nada escapa ou lhe foge, abraça o sincretismo com o batismo de Jorge e são inúmeras suas grandes facetas.
Orgulho da Bahia para o Brasil, sua obra ilustra os mais elegantes glossários, vida em cuja arte estampa-se alvíssaras de centenário e traz à terra o talento de um caráter servil.
Na fotografia social mostra a realidade do menor abandonado, Capitães de um viver sórdido e depauperado que mexeu, por encarar verdades, com a cúpula governamental.
Equilíbrio que navega em imponente nau divulgando em sua seara as riquezas da terra, dispõe com nobreza o que a arte lhe dera na descrição do cultivo e da exploração do cacau.
Viaja na sabedoria com os africanos e deles incorpora em sua obra as tradições, confecciona enredos, personagens de religiões e expõe ao mundo amor e desenganos...
Em sua plataforma de vida a política o torna vermelho, é autor brasileiro dos mais lidos no exterior, a bandeira da Bahia é seu galardão de amor e em muitas nações seus livros são tidos como espelho.
Escreve de seu tempo problemas ainda atuais na memória e do acervo nacional, hoje a censura já não o julga, tornou-se passional e a literatura o guarda na História e o reverencia com louvor em seus anais.