CONTRADIÇÕES DA VIDA
Lêda Torre
2012. Fevereiro. Numa tarde de terça-feira de carnaval, não gosto, pra começo de conversa, não curto essa história de carnaval... Bem, eu como gosto de ler e de escrever, principalmente quando vem aquela vontade, inspirada de colocar o que penso para o papel, ditas pela saudade, pelas recordações, pelas lembranças que jamais ficam velhas, pela distância das pessoas que muito amamos e jamais esquecemos bem guardadinhas lá no fundo nosso coração; ainda mais quando se sabe que a pessoa de quem me refiro sabe que nunca me esqueceu e eu vice versa, e pelas adversidades e circunstâncias da vida, somos quase que obrigados a nos privar de viver um tão vivo e inesquecível amor, na sua totalidade....
Quase também não consigo compreender tamanha contradição. Certas vezes, penso que não vou conseguir segurar as pontas... Acho a vida muito bela para se viver, porém, continuo sem compreender por que muitas coisas que nos acontecem não são como planejamos, como sonhamos, tem que ser do jeito que os outros querem, e acabamos por fazer sempre a vontade dos outros e nunca a vontade do nosso coração.
Estou aqui na minha sala, num cantinho onde está meu notebook, escrevendo as coisas que vem no meu íntimo, ouvindo algumas músicas românticas que me falam de recordações, elas me falam muito de muita coisa que passei na minha adolescência e juventude...fatos marcantes que jamais a gente esquece....
Passo dias assim, melancólica...saudosa...apaixonada pelas belas coisas da vida...e sei de outra coisa: o poeta é mesmo meio triste...e muitas vezes, é das tristezas, é das dores que saem poesias incomparáveis...momentos estes que falam muito dos sentimentos que enchem nossos corações.
E assim, eu vou vivendo minha vida de poeta...assim, desse jeitoque só eu mesma compreendo, às vezes, outras não... fazer o quê?
___São Luis, 21 de fevereirode2012______