João Henrique, o carnaval do patife.

João Henrique, o carnaval do patife

Jorge Linhaça

Finalmente João Henrique, o des-prefeito de Salvador deu as caras no meio do povo.

Pulava alegremente qual um pipoca qualquer ao lado de sua amante em plena avenida, o que por si só já demonstra sua falta de bom senso.

Bom senso aliás que não tiveram os baianos que lhe permitiram desfilar ali no meio do povo como se Salvador fosse um paraíso, como tinha ele tatuado no braço , também o sobrenome de sua amante.

Por mim que se dane se sai com a amante ou não...o problema é que ele poderia usar um décimo dessa energia e paixão explícita para cuidar de Salvador, além dos bairros abastados.

Poderia deixar de gastar 500 milhões em publicidade e empregar esse dinheiro em coisas concretas como asfalto, recuperação das ruas, dos hospitais públicos e, pleno caos e penúria...mas parece que o ilustre prefeito, desancado pela paixão, anda pensando com a cebeça errada e não com a de cima.

Claro que ele foi ao Carnaval lá onde os turistas estão, junto com as câmeras de TV, obviamente cercado de seguranças vestidos de abadás comprados provavelmente com dinheiro público.

João falastrão é uma piada nacional, só que ainda não entendeu isso e acha-se por cima da carne seca...eleito duas vezes o pior prefeito do Brasil não está nem aí para o que acontece em sua cidade se não for reduto de algum de seus puxa-sacos ou patrocinadores.

Gostaria de entender como é que um prefeito que vive chorando pitangas, de que falta dinheiro para tudo, destina, com a cumplicidade da Câmara dos Vereadores, 500 milhões para fazer publicidade mentirosa na TV, vendendo uma Salvador que não existe de verdade.

João Tatuzão, rei da capital mais esburacada do mundo, dinheiro existe, o que não existe é vergonha na sua cara para usá-lo em prol da população de Salvador...

Assim como falta coragem à população desta cidade para exigir o afastamento de um prefeito cujas contas de sua administração não fecham há anos.

Vem pra cá João, pra Cidade Baixa, traga pás e picaretas e vamos fazer um mutirão, mesmo que sejamos só eu e tu, pra consertar os buracos que seus olhos não vêem mas que se multiplicam como ratos pelas ruas da região.

Quem sabe assim você veja que aqui o paraíso é apenas o sobrenome de sua amante. Para nós é apenas um purgatório.

Mas venha para trabalhar e não só para tirar fotos e sumir...quem sabe um pouco de trabalho de verdade o coloque em contato com a realidade.

Salvador, 21 de fevereiro de 2012

* mensagem enviada nesta data à ouvidoria municipal de Salvador