"TERROR NO PARAÍSO" "Fábula"
Tudo corria bem no “Atol das Aves” – país onde os pássaros viviam livres e felizes. As “garças brancas”, às tardes faziam sua revoada rumo ao poente. As “pombas brancas”, as andorinhas – milhares de outros pássaros orgulhavam-se de viver no “país da liberdade, da justiça e da paz”. O condor, líder da passarada, voava majestoso o céu daquele paraíso.
Aquela paisagem atraia cada vez mais pássaros turistas, dos quais muitos resolviam não mais sair de lá.
Coitados, nem suspeitavam de que, num outro país muito distante, pássaros sisudos, de costumes ortodoxos e que tinham um conceito bem diferente de liberdade e, cujo líder um urubuzão agoureiro (assim o intitulavam os pássaros do Atol) planejavam um ataque surpresa e fulminante, com o intuito de abalar aquele paraíso. Motivo? Ah! Isso é o que não faltava. E, por incrível que pareça, diziam agir em nome da “Justiça Divina”.
Pois é, em dia previamente determinado, atingiram o “coração do paraíso” com todo o ódio possível. Ou não seria ódio?
A passarada daquele paraíso entrou em desespero geral. Indagavam: - Por quê? Até a sábia coruja, atônita, não entendia, o porquê de tamanha loucura.(...)
Moral: O conceito de Justiça é relativo.
Pergunte antes: - Justiça para quem?
Qualquer semelhança desta fábula com fatos da história geral é mera coincidência