Necessidade de organização...

No dia de HOJE, no seminário litúrgico Ano XLII – Nº 8 – 19/02/2012 Ano B, na última página, secção Catequese Bíblico-Missionária, o Padre escrevente abordou o tema organização. Enfatizou que para uma boa organização é necessário que haja disseminação de conhecimentos entre todos, ressaltando que há necessidade inclusive de ‘organização em nosso espírito’. Estabeleceu um paralelo desta necessidade de sabermos o que estamos realmente fazendo, citando uma estória, que eu já conhecia e que muitos dos meus jovens Amigos poetas(poetisas)/escritores(escritoras) também já devem ter conhecimento.

Em sendo assim, ‘ouso’ repassar aqui, obviamente com minha interpretação, a estória em questão.

Conta-se que há algum tempo, o senhor João executava serviços em uma ferrovia e seu serviço consistia em passar os dias sentado em um banquinho, próximo aos dormentes dos trilhos do trem e, de quando em quando dar uma pancada com um martelo no aludido dormente. Passado o tempo ‘regulamentar’ de seu período empregatício, já tendo tempo de aposentadoria, os encarregados da ferrovia contrataram um jovem para substituí-lo.

O empolgado jovem compareceu ao local de trabalho no primeiro dia juntamente com o encarregado, foi apresentando ao senhor João que ficou encarregado de ensinar-lhe o serviço. Apresentações feitas, o encarregado retirou-se deixando o jovem com seu mestre, senhor João.

O senhor João solicitou que o jovem se sentasse ao seu lado junto aos dormentes e disse:

--- O serviço não é complicado. Você tem que de tempos em tempos

bater com este martelo no dormente, assim ó...

E realizou o gesto, devidamente observado pelo jovem.

Passados alguns minutos, o senhor João repetiu novamente a pancada, sendo que o ato foi se repetindo paulatinamente, devidamente acompanhado pelo jovem.

Transcorrido algum tempo, o jovem dirigiu-se ao senhor João indagando:

--- Legal, seu João! Já aprendi o serviço... Somente gostaria de saber

a razão pela qual temos de ficar dando esta pancada de vez em

quando no dormente...

O senhor João, virou-se com ar reprovador para o empolgado jovem e

respondeu:

--- Esses arroubos da juventude! Estou aqui há mais de trinta anos e

nunca perguntei o porquê deste meu procedimento e você, que

está chegando hoje, já está querendo saber?

Aí, no final de seu trabalho, pergunta-nos o padre:

Seria esta a forma de levarmos nossa vida? Com incertezas e sem respostas para nossas indagações?