Street Fighter - Crônicas de Uma Saga

(Primeiras páginas do livro em construção)

O céu negro farpado se encolhia para o cinza talhado quando o branco relâmpago gritava. Disputa que repetia como piscar de olhos; incessante. Toda a grande floresta tinha suas arvores submissas as vontades do vento. Que rugoso dobrava as galhas quase ao chão, obrigavam as folhas terem uma sensação de estarem em momentos derradeiros de suas vidas. As folhas mais fracas sempre perdiam essa luta. Ainda honradas, as derrotadas caem e deslizam entre milhares de folhas mortas. As folhas pareciam que procuravam um lugar para seu descanso. Uma fresta entre madeiras de uma casa velha parecia ser um bom tumulo. Algumas formigas se aproximam, as folhas permitem que seus corpos sejam usadas para o fluxo natural. As formigas lhes rasgam pedaços; centenas outras fazem o mesmo. As formigas enfileiradas seguem com pedaços mutilados da folha nas costas e atravessando as pequenas fendas do casebre. As fendas se tornam diferentes; terra e madeira mudam para concreto velho. As formigam caminham com sua comida nas costas sobre um papel rasgado, variam coisas escritas, algumas palavras borradas, as que podem ser vistas são: “”Lugar Desconhecido”, “Tailândia”, “Fevereiro de 1973””.

Uma biblioteca dentro de um retângulo pequeno. Milhares de livros estão em cima de estantes, cadeira, chão,... Paredes de concreto sustentam um teto baixo. Iluminação pobre, porem, não miserável. Uma pequena mesa de ferro com inúmeros traços de ferrugem disputam lugares com os livros.

Em um dos lados da mesa está sentado um homem grande, com músculos que preenchem bem o tecido vermelho de um uniforme que inspira um militar de qualquer patente superior. Tecidos de cor preta fazem os detalhes nas extremidades do uniforme. Ele usa um quepe de cores iguais a sua indumentária. Nele, há um acréscimo com um símbolo sobre a aba preta, duas asas de metal; metal caro; são belos membros de um pássaro talhado em uma peça de ouro. Ao meio dessas asas, uma caveira, também de ouro reluzente. -Se há alguma referencia a morte, fica por conta do leitor-.

A aba cobre seus olhos, parecem ocultar sua alma para os desinteressados insetos inquilinos. Mas seu rosto possui uma leve e marcantes deduções. Partes de seu rosto são de expressões graves que contradizem com sentimento neutro; inexplicável, variável,... A palavra “Mistério” emprega bem a esse homem. E cujo seu nome, ou vulgarmente conhecido como M. Bison.

M. Bison sentado com cotovelos sobre a mesa, silencioso; e em suas mãos há varias e grandes folhas de desenho com traçados azuis de geometria descritiva. O desenho tem formas de peças de uma maquina.

A direta de M. Bison, também sentado, está um homem velho, cabelos levemente grisalhos, semblante oriental, tórax curvado para frente. Usava também uniforme militar. Ele é cientista; apenas alcunhado de Velho Cientista.

A esquerda, atrás de M. Bison, em pé, com lindas mãos sobre o ombro sobre ele, silenciosa, uma mulher de beleza em negrito e sublinhada; cabelos grandes e pretos, pretíssimos; feições européias, algo parecido com uma italiana; seu corpo era vestido por roupas da Tailândia; flores estampada no tecido, com cores quentes. Mulher de Cabelos Pretos; -bela e possui uma referencia mesquinha, eu sei, porem necessária-.

O Velho Cientista quebra o silêncio:

_Como o Senhor pode ver, esse é o projeto conforme o teu desejo.

Muitos anos com ele. Elaborando-o, refinando-o e... ele está pronto!

O Velho Cientista espera algum comentário. M. Bison, em silêncio, muda uma folha. Nenhum elogio desferido, O velho segue suas explicações.

_Como meu Senhor pode ver, é uma grande máquina e que levará anos para ser construída. Peças, operários, grandes locais, subornos, cobaias humanas para as experiências que iremos fazer,...

A Mulher de Cabelos Pretos reprova-o com olhos. O Velho Cientista pouco importava. Sentia-se orgulhoso, seus gestos eram eufóricos, como se o projeto fosse algo somente seu.

_Todas essas coisas serão necessárias,... Todas elas irão exigir muito, muito dinheiro! _O velho recolhe o entusiasmo, observa M. Bison. Seus olhos levemente enrugados mendigam atenção. Respira, seus olhos agora vagueiam, parece arquitetar algum argumento de persuasão. O Velho Cientista contenta-se por fazer apenas uma pergunta retórica.

_Sim, sim, sim! Esse projeto consumirá muito dinheiro, como eu disse. Mas meu Senhor tem conhecimento que até que esteja pronto, também consumirá muito, muito... muito Tempo!?

Agora, o velho parece ter olhar ansioso, sensação leve, porem de um fator de admiração; de submissão rasa, quase disputável, a espera de um espetáculo, uma exibição de um artista ídolo. M. Bison gira mais uma folha, silencioso. Fração de segundos que permite o Velho Cientista possa invadir e encontrar os olhos da Mulher de Cabelos Pretos. O velho retorna a olhar para seu Mestre, o Misterioso. O velho procura os olhos dele, debaixo da aba do quepe. Nada. Apenas os músculos da boca e queixo grande que inicia movimentos.

_Eu sou deus de muitas coisas. _M. Bison possui uma voz, mesmo que um tom baixo, forte, imponente, digna de um imperador. _Mas... _M. Bison sente necessidade de expandir sua megalomania. _...deus do Tempo...!? _Ele usufrui de pensamento em um futuro grandioso_ ...não! _Seus lábios arqueiam levemente. Ele emite um som de sorriso interno, sorriso rouco. _...não!_ O sorriso se eleva,... uma gargalhada.

E então seus olhos se exibem. Possível espetáculo que o Velho Cientista ansiava a ver. Seus Olhos têm tonalidade de uma Estrela Anã Branca. Eles emitem um brilho tênue, contradição é a perfeita definição do propulsor desse adjetivo aparentemente sereno.

_Ainda não! Hahaha...!

A gargalhada de M. Bison se eleva. É visível a satisfação e maldade em sua face. O Velho Cientista é seu espectador fiel. Não perde um movimento se quer. A Mulher de Cabelos Pretos olha para os dois de semblante pesaroso. M. Bison vira mais uma folha do projeto, dobra-o e joga sobre a mesa, em letras grandes, está escrito: “Psycho Drive”.

Segundo alguns autores, crônica pode ser:

03 – No âmbito da literatura e da história, o texto literário breve, em geral narrativo, de trama quase sempre pouco definida e motivos, na maior parte, extraídos do cotidiano imediato, constituindo-se também em uma compilação de fatos históricos apresentados segundo a ordem de sucessão no tempo.

2. Saga

Enviado por Dicionário inFormal (SP) em 22-12-2008

Conjunto de narrações, histórias, verdades, lendas, orientações de vida e figuras heroicas que habitam um mundo de povo, cultura ou religião.