Dias desses na aula de teologia o padre nos deu um ótimo exemplo do que fazermos para esquecer algo ou alguém que nos transforma a vida numa imensa confusão, abismo de pura escuridão. Aconselhou e convenceu a muitos de nos alunos, que a melhor maneira de esquecer algo ou um amor impróprio é o de imaginá-lo como a uma planta.
Isso mesmo, uma plantinha no canto da casa que ao receber àgua todos os dias, torna-se frondosa e passa a habitar todos os cômodos de nossa vida. Segundo esse sábio padre (que muitas vezes faz o papel de filósofo, de psicólogo e de professor), devemos ignorar a planta (que por sua vez é personificação do que nos atormenta) e deixá-la morrer sozinha como se cada dia sem nosso suspiro fosse uma conquista na luta contra o invisível, daquela dor maior que estilhaça somente o coração de um dos dois sobreviventes do que foi ilusão de Amor.
Ótima explanação, ótima teoria mas na prática, a coisa é muito mais Freudiana... Nós, os que amamos intensamente, tentamos jogar não só a planta como o vaso inteiro para os cômodos da consciência, empurrando para o subconsciente e outros recantos da alma da gente, aquele Ser que povoa a gente mas na verdade o único lugar que conseguimos colocar um grande amor amargurado, não correspondido, é no sótão de nós mesmos, naquele lugar empoeirado que só vamos quando precisamos guardar algo desnecessário ou impossível. Vez ou outra até tentamos limpar para um novo inquilino temporário.
A questão é que, após toda essa aparente mudança dentro de nós mesmos, deixamos encaixotado também o nosso sorriso, amarradinho, não deixando se aproximar um outro morador enamorado.
Trancamos a nossa planta, tentamos não dar água mas a natureza vez ou outra manda tempestade em forma de chuva mansa ou orvalho para brotar semente da tal erva daninha... Ora um telefonema, ora um email ou troca de olhares. A esperança faz eco de saudades.
Valeu a aula professor. Sensata lógica para um padre que conhece o amor Ágape, entretanto não se adequa para nós Mulheres e Poetas que fomos flechadas com veneno destilado.
Isso mesmo, uma plantinha no canto da casa que ao receber àgua todos os dias, torna-se frondosa e passa a habitar todos os cômodos de nossa vida. Segundo esse sábio padre (que muitas vezes faz o papel de filósofo, de psicólogo e de professor), devemos ignorar a planta (que por sua vez é personificação do que nos atormenta) e deixá-la morrer sozinha como se cada dia sem nosso suspiro fosse uma conquista na luta contra o invisível, daquela dor maior que estilhaça somente o coração de um dos dois sobreviventes do que foi ilusão de Amor.
Ótima explanação, ótima teoria mas na prática, a coisa é muito mais Freudiana... Nós, os que amamos intensamente, tentamos jogar não só a planta como o vaso inteiro para os cômodos da consciência, empurrando para o subconsciente e outros recantos da alma da gente, aquele Ser que povoa a gente mas na verdade o único lugar que conseguimos colocar um grande amor amargurado, não correspondido, é no sótão de nós mesmos, naquele lugar empoeirado que só vamos quando precisamos guardar algo desnecessário ou impossível. Vez ou outra até tentamos limpar para um novo inquilino temporário.
A questão é que, após toda essa aparente mudança dentro de nós mesmos, deixamos encaixotado também o nosso sorriso, amarradinho, não deixando se aproximar um outro morador enamorado.
Trancamos a nossa planta, tentamos não dar água mas a natureza vez ou outra manda tempestade em forma de chuva mansa ou orvalho para brotar semente da tal erva daninha... Ora um telefonema, ora um email ou troca de olhares. A esperança faz eco de saudades.
Valeu a aula professor. Sensata lógica para um padre que conhece o amor Ágape, entretanto não se adequa para nós Mulheres e Poetas que fomos flechadas com veneno destilado.