PAIS IGNAROS
Passando naquela rua avistei uma criança junto com sua mãe que vinha da escolinha. A mãe, uma senhora de aproximadamente 30 anos , cor branca, com uma massa corporal próximo aos 80 kilos. Estava bufando de raiva. Entrou repentinamente na sua casa.Uma casa colada a outra.Bem ao estilo interiorano brasileiro.
A criança, seu filho, numa faixa etária de 5 anos de idade. Vestia uma farda colegial. Uma blusa branca com frisos vermelhos, meias brancas, calção vermelho. A sua pele não era tão clara como a da mãe,o cabelo liso,cor castanho escuro. Um semblante iluminado. Seus olhos castanhos escuros.
Mal chegara á porta da sua casa, sentou-se na calçada e começou a desatar o cadarço do sapato preto, numa pressa que só ele podia naquele momento entender. Quem sabe, aquela vontade de assistir um programa predileto na televisão, pois já passavam das 17 horas, ou talvez brincar com algum amiguinho, enfim, sabe-se apenas que naquele momento aquela criança queria inebriar-se no mundo infantil.
De repente aquela mãe abre a porta estepitosamente. A princípio fica até difícil descrever a fisionomia daquela mãe que estava esbaforida com aquele filho. Seus olhos faiscavam raiva, no seu semblante notava-se o descontrole emocional. A aparição daquela mãe de dentro para fora de sua casa foi um momento inesqucível. Como o ser humano perde completamente a razão, a noção dos valores,fica mesmo que momentaneamente cega. Ela não quis saber que ali estava um ser humano, seu filho. Ela só quis descarregar uma raiva, um ódio que na verdade está entranhado nas pessoas. a mãe puxou violentamente seu filho da calçada pelos braços e fechou a porta e imediatamente os gritos daquela criança se fizeram ouvir na rua. Pelos gritos daquela criança percebia-se a violência com que aquela mãe estava usando contra o seu filho.