Eu não sei fazer crônica

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Eu não sei por onde começar a fazer uma crônica, dá-me um distúrbio psíquico o quê comentar do meu vizinho que muitos dizem que ele rouba galinhas para alimentar seus filhos; ou julgar a ética dos ministros da justiça brasileira discutindo sobre a ficha limpa, noutro dia desses um cidadão comum não conseguiu fazer um concurso público pós estava devendo a justiça eleitoral e, eu não sei o porquê falei de galinha lá em cima, eu não tenho quintal pós não devo me preocupar com o galinheiro de seu ninguém; eu não sei fazer crônica mesmo; e não sei reclamar, não sei falar pós sou mudo e ignorante eu não entendo o que se passa na TV e no jornal impresso uma loucura de informações. Muitos políticos estão com o palitó igual há poleiro e ainda os homens de preto ficam em palavras técnicas explicando o verbo roubar o que nossos representantes não sabem conjugar tal verbo na primeira pessoa do singular indicando o indicativo do sujeito... E eu não sei fazer crônica, esse texto é paranóico desde seu início eu não conheço meu vizinho e nem seus filhos eu saiu para trabalhar às cinco horas da manhã e só volto do trabalho às dezoito horas; não dá para dizer se é vício ou fome de desespero deles e dos candidatos não sei dizer se é vício ou é prazer em não saber conjugar o verbo roubar na primeira pessoal e eu não sei votar por quê? Eu não sei se é vício ou burrice, explique-me seu juiz se eu sei fazer uma crônica ou devo perguntar ao meu professor de português. Eu nunca troque meu voto por um tijolo, mas há muitos por aqui que já; é também um ficha suja; eu não ouvi, eu não vi e nada sei dessas compras e vendas de votos; aqui é tudo fictício a única coisa real é que eu não sei fazer crônica. Meus nobres políticos injustiçados pela opinião pública vocês são todos inocentes; só tiveram um desvio de conduta a população não entende mesmo e eu não sei fazer crônica.

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