O trabalho no labor da meditação

Escrever é para mim a melhor meditação que existe. Aqui eu transcendo a mim mesmo e busco como um octópode energético as impressões que o clima me dá. Ouço o canto dos girassóis e vejo a neblina de luz que me cerca. Escuto o sussurro do espaço e sinto a presença da vida, na lida que a existência me dá.

Agora, neste momento de carnaval, há uma grande confusão reinante. Algumas pessoas estão eufóricas, outras tantas macambúzias, mas tudo está presente no ambiente. Dá para sentir a força da vida como se ela fosse um corpo só, assim como uma nuvem densa e escura, as vezes. Outras vezes em tons diversos e cores distintas.

Busco em mim o silêncio sem me afastar das pessoas. Quando comecei meu percurso pela Yoga, me afastei do mundo, mas logo descobri que isso tinha nenhum valor, pois de nada vale de fato um trabalho longe do ser humano, sem sentir o que ele sente e sem participar de suas dores e amores. Isso é muito claro para mim.

Aqui o silêncio é muito simples. Paro a ação da mente e observo atentamente a tudo que está na minha volta. Uso o material reinante para me exercitar. Por vezes chega a ser fascinante. É muito bom sentir o que as pessoas sentem, mesmo que seja triste e poder por vezes apenas com uma frase ajudar. Isso é certamente Divino.