O SEMBLANTE DE UMA SALA DE AULA SEMBLANTE

O SEMBLANTE DE UMA SALA DE AULA

“O homem perde muito tempo sobre a Terra. Estaciona por longos anos à margem da estrada que lhe compete percorrer. Distancia-se de suas possibilidades. Vê passar à juventude. Assiste ao declínio das forças físicas. Prepara a vida inteira quase, para o que nunca fará”. (Irmão José).

Não fique no ócio, saia da letargia e haja sempre com o viés direcionado ao próximo. Praticando o bem, terás as benesses de uma vida digna e de muito esplendor. Temos presenciado com certa constância, a luta dos heróis anônimos em busca de melhores condições de trabalho, e uma realização social mais proveitosa. Notamos através do cotidiano diário, que a educação da sociedade está claudicante, visto que a diretriz do mal não escolhe raça, e nem condição social. A presença na educação de psicólogos, psicopedagogos e assistentes sociais é obrigatória. O semblante das salas de aulas de diversas escolas públicas é o pior possível. Estamos chegando à conclusão de que a população de nosso País, precisa urgentemente passar por uma educação efetiva, com aulas de civismo, patriotismo, educação social e convivência pacífica.

Professores de escolas públicas se desdobram para cumprirem a sublime missão de ensinar, mas muitas vezes são ameaçados por alunos que distorcem sua finalidade no rol escolar. Almejam praticar dentro da sala de aula aquilo que aprenderam nas ruas. É lamentável sobre todos os aspectos. Drogas de todos os matizes rondam a psicosfera escolar e mesmo com uma vigilância ostensiva, eles conseguem burlar e repassar drogas para dentro dos estabelecimentos de ensino.

O écran de um grande número de colégios é de preocupação em consequência, os professores se tornam vítimas de alunos mal educados. É bom frisar que a missão familiar em termos de educação deixa a desejar. Os pais se eximem de culpa por negligência, ou neofiticidade, pois querem atribuir a educação de seus filhos aos professores por desconhecerem totalmente a responsabilidade familiar e os deveres inalienáveis sobre o pátrio poder e na responsável maior na educação de seus filhos. O antigo Pátrio Poder mudou no novo Código Civil para Poder Familiar. Na época do antigo Código Civil (1916) quem exercia o poder sobre os filhos era o pai e não se falava no poder do pai e da mãe (pais). Mas esta situação mudou e hoje a responsabilidade sobre os filhos é de ambos.

O que se nota é a insatisfação dos profissionais de ensino, visto que um grande número de estudantes está fora dessa responsabilidade social. Os filhos enquanto são menores de 18 anos estão sob o poder dos pais e não pode praticar atos da vida civil sem a autorização deles. Estar sob o poder significa que os filhos devem obediência e respeito em relação aos pais e estes têm o dever de sustentá-lo e dar assistência moral, emocional e educacional. Na realidade vivencial esse poder fraqueja e os pais querem repassar a responsabilidade para os professores. Para que haja uma interação mais proveitosa, um elo deve ser formado. Entretanto, alguns pais fogem a responsabilidade quando são convocados para as reuniões entre pais e mestres.

É bom frisar que apesar da separação ou do divórcio a situação obrigacional não se altera, ou seja: “A separação judicial ou divórcio dos pais não altera nada a questão do poder familiar, o que se estabelece neste caso é a guarda da criança (com quem vai ficar), as visitas (daquele que não tem a guarda) e o valor da pensão alimentícia a ser paga, mas ambos continuam responsáveis”. (grifo nosso).

O governo também está inserido nessa responsabilidade social. Se os pais fossem punidos pela ineficiência na educação de seus filhos, a situação tenderia a diminuir.

Se o governo cumprisse seu dever proporcionando aos educadores condições salutares de trabalho e colocando a disposição das diretorias escolares profissionais especializados em assistência social, psicopedagogia e psicologia o écran seria mais brilhante e a aprendizagem mais proveitosa. Resta-nos acreditar que isso será possível um dia. A questão é de boa vontade, de responsabilidade social, onde os governantes deveriam trabalhar com viés voltado para a socialização da sociedade, mas o primordial não acontece em virtude de nossos políticos trocarem a política pela politicagem.

Responsabilidades mútuas tanto para pais, quanto para governo. Senão vejamos: “A lei enumera casos que, quando ocorrem reiteradamente, o juiz pode decidir pela perda do poder familiar. São os castigos exagerados à criança, deixar o filho abandonado ou ainda praticar atos que são imorais. A grande preocupação da lei é proteger a criança que algumas vezes sofre abusos dentro da sua própria casa”. E as crianças que vivem perambulando pelas ruas e avenidas das grandes metrópoles cometendo atos escusos qual a providência que os governos tomam? Nenhuma com certeza.

O número de viciados em drogas aumenta, a prostituição infantil evolui, a pedofilia cresce e o governo não comparece. A ausência do governo nas suas atribuições faz com que a violência aumente, a mortalidade cresça através dos assassinatos, da bandidagem, do tráfico de drogas, do consumo exagerado do álcool e de outras mazelas que deveriam ser evitadas. Quando existe um clima de intranquilidade é sinal que o governo não está proporcionando a população uma gestão de qualidade, em consequência a corrupção aumenta, a imunidade e a impunidade crescem, os xadrezes superlotam a segurança fraqueza, o povo se tranca dentro de casa com receio da morte. O semblante negro de uma sala de aula leva a derrocada qualquer cidadão, e em consequência a população. Essa sala de aula pode ser as ruas e avenidas das grandes cidades, que virou um cenário de guerra onde ninguém se entende. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA AVSPE.•.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 16/02/2012
Reeditado em 16/02/2012
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