LIBERDADE
A cantora Whitney Houston morreu aos 48 anos. Ela foi considerada a rainha da música pop durante anos, mas sua vida foi destruída pelo uso de drogas. O grande mal sou eu. Não sou nem minha melhor amiga nem minha pior inimiga, disse a cantora numa entrevista. Disse também que não tinha liberdade. Sua vida era dirigida por empresários, que não lhe dava tréguas. Vigiavam seus passos e censuravam até suas entrevistas.
Coincidentemente essas foram também as palavras de outro ídolo, Elvis Presley.
De uma forma geral, a palavra liberdade significa a condição de um indivíduo não ser submetido ao domínio de outro e, por isso, ter pleno poder sobre si mesmo e sobre seus atos. Mas geralmente não é o que se vê no meio artístico ou entre ídolos.
O desejo de liberdade é um sentimento profundamente arraigado no ser humano. Situações como: a escolha da profissão, o casamento e o compromisso político ou religioso, fazem o homem enfrentar a si mesmo e exigem dele uma decisão responsável quanto a seu próprio futuro.
A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que o rodeia, é o que confere ao homem o sentido da liberdade entendida como plena expressão da vontade humana.
O consenso universal reconhece a responsabilidade do indivíduo sobre suas ações em circunstâncias normais, e em razão disso o premia por seus méritos e o castiga por seus erros. Considerar que alguém não é responsável por seus atos implica diminuí-lo em suas faculdades humanas, uma vez que só aquele que desfruta plenamente de sua liberdade tem reconhecida sua dignidade.
O homem tende a exercer a liberdade em todas as ações externas. Quando elas são cerceadas, frustram-se o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo e desprezam-se seus direitos e sua dignidade.
Hoje em dia estamos acostumados a ver na mídia pronunciamentos em prol da liberdade, principalmente de expressão. Existem grupos organizados que saem às ruas para lutar por direitos, como os homossexuais, os negros, as mulheres etc. A liberdade conquistada permite tudo, mas nem sempre foi assim.
Nos anos 60 existia um objetivo comum: a ditadura militar. Os jovens pediam o fim da ditadura, reivindicavam a redemocratização do país, queriam a liberdade de expressão, a revolução sexual, paz e amor e a defesa do patrimônio nacional. O simples fato de se pensar na palavra liberdade, já era sinal de alerta para os generais do poder.
Hoje, com a globalização, e a veiculação de notícias imediatas através da Internet e o fim da ditadura, temos direito a ter direito a essa tal liberdade, conquistada a duras penas.
Liberdade é essencialmente capacidade de escolha. Onde não existe escolha, não há liberdade. O homem faz escolhas da manhã à noite e se responsabiliza por elas assumindo seus riscos. Escolhe roupas, amigos, amores, filmes, músicas, profissões... A escolha sempre supõe duas ou mais alternativas; com uma só opção não existe escolha nem liberdade. Pois, é! Como disse Gandhi: A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão.
É uma questão de consciência.