O amor é um sentimento contraditório. Ao mesmo tempo que dá uma sensação de plenitude, também deixa vulnerável, fragilizado. E uma insegurança nos deixa no fio da navalha.
Mas, amar é bom. Sentimo-nos vivos e essa adrenalina que nos invade faz um bem enorme. Amar além de nós, além dos sentidos, além dos preconceitos, além da vida. Só assim poderemos chamar esse sentimento de amor. Amor sem ponto nem vírgula, muito menos reticência. Muitas vezes inconsequente, outras coerente, mas nítidamente amor.
Ele pode chegar calmo ou buliçoso. Pode começar até pelo teu cheiro, ou aquele encontro inesperado, tudo vale. Mas, te digo: Se fores atingido pela palavra, dificilmente te libertarás dele. A força da palavra te seduzirá inevitalvelmente.
Entrarás no rol dos amantes que se perdem por querer, ou sem querer. Perderás a hora e o tempo como se tudo, de repente, se tornasse sem importância, como se tudo tivesse paralizado a seu bel prazer Serás refém de teu sentimento. Uma doce prisão que te fará sorrir fora de hora, escutar sons mesmo no mais profundo silêncio ou quem sabe te fazer chorar sem razão de ser.. Acredite, estás apaixonado. Terrivelmente apaixonado.
Só te restará uma saída: Sucumbir, se entregar. Aceitar sem protestos ser invadido pelo sublime dom de amar. Esquecer datas, horários, compromissos assumidos e se embriagar de amor até que ele comece a exalar por todos os teus poros. Só aí entenderás que o amor não tem tempo, lugar, muito menos razão.
É um sentimento contraditório, sim. Mas te levará às alturas, te fará sentir o dono do universo, embora sempre paire o fantasma do golpe da navalha que poderá cortar todos os teus sonhos.Calma! Tudo terá valido à pena. Provastes que estás vivo.