Junto ao tempo
Ah, onde eu lhe perdi, meu tempo? Agora, aquieto, observo as reminiscências que deixastes. Foste tão duro comigo... Logo eu, que o venerei até não mais. Culpa tua? Culpa minha... não acuses aquele que não sela! Fui eu, e só eu. Já não mais atento a mim mesmo – é certo – me esvaí no que não me preenchia, mas estou de volta. Como antes, de volta. Agora não mais ausente às coisas - à beleza que cerca o enfeixe que é a vida. E então, tempo? Que irás me oportunizar? Provas outras mil, se vierem, lhas eliminarei - mas desta feita já não só. Como quem retorna à fortuna que oportuniza, hei de relatar minha existência, ao teu lado, tempo. Dessa vez ciente que nunca deveria ter lhe abandonado. Dessa vez juntos, em compasso.