JUSTIÇA HUMANA, JUSTIÇA DIVINA.
Volta à tona o “Caso Eloá”, com julgamento em Tribunal do Júri, sob o foco da imprensa e da opinião pública. Seja em processos de menos relevância ou nos de grande repercussão, a imparcialidade do juiz e a idoneidade do Conselho de Sentença, mantêm-se à prova, atentos e fiéis à lei, aos atos processuais e peças comprobatórias neles contidas. O apelo popular não é regra em que se baseie a Justiça. E o Estado, na pessoa do juiz, e tendo o povo democraticamente representado pelo júri popular, não se deixa influenciar pela comoção social. Todo julgamento, de que resulta uma decisão (sentença) condenatória ou absolutória, obedece a um rito processual composto de atos e procedimentos que da lei não se afastam.
Em entrevista, a mãe de Eloá, com natural e compreensivo anseio de Justiça, declarou: “O meu desejo é que seja feita a justiça de Deus”. Terá sido esta, de fato, a intenção da mãe da vítima ao apelar para justiça dos homens? Certamente não, quando o calor da emoção confunde sentimento e discernimento. A justiça humana, pautada na lei que o homem elabora, busca a vingança. A justiça divina, acima das limitações humanas, ampara-se no arrependimento, de que depende o perdão.
Na mesma entrevista, o sentimento de perda, agravado pelas circunstâncias do fato, fez com que a mãe de Eloá emitisse tal pensamento acerca do acusado: “Não vejo nele qualquer traço ou manifestação de arrependimento”. Se, réu confesso, o acusado se manifestasse profundamente arrependido, a mãe da vítima o perdoaria? Só a mãe de Eloá confirmaria ou não este grandioso, humano ou divino gesto. Supondo que o acusado fosse perdoado, ainda assim o julgamento prosseguiria, por tratar-se de ação pública incondicionada, da qual o Estado não pode abrir mão.
Não estou a julgar pessoas e fatos. Analiso opiniões e comportamentos. A natureza humana vê a justiça com os olhos do egoísmo e busca no outro o arrependimento, sem que o ressentimento a impeça de vê-lo à luz do perdão. E assim fica tudo em campos opostos. Homem, justiça e vingança. Deus, arrependimento e perdão.
Volta à tona o “Caso Eloá”, com julgamento em Tribunal do Júri, sob o foco da imprensa e da opinião pública. Seja em processos de menos relevância ou nos de grande repercussão, a imparcialidade do juiz e a idoneidade do Conselho de Sentença, mantêm-se à prova, atentos e fiéis à lei, aos atos processuais e peças comprobatórias neles contidas. O apelo popular não é regra em que se baseie a Justiça. E o Estado, na pessoa do juiz, e tendo o povo democraticamente representado pelo júri popular, não se deixa influenciar pela comoção social. Todo julgamento, de que resulta uma decisão (sentença) condenatória ou absolutória, obedece a um rito processual composto de atos e procedimentos que da lei não se afastam.
Em entrevista, a mãe de Eloá, com natural e compreensivo anseio de Justiça, declarou: “O meu desejo é que seja feita a justiça de Deus”. Terá sido esta, de fato, a intenção da mãe da vítima ao apelar para justiça dos homens? Certamente não, quando o calor da emoção confunde sentimento e discernimento. A justiça humana, pautada na lei que o homem elabora, busca a vingança. A justiça divina, acima das limitações humanas, ampara-se no arrependimento, de que depende o perdão.
Na mesma entrevista, o sentimento de perda, agravado pelas circunstâncias do fato, fez com que a mãe de Eloá emitisse tal pensamento acerca do acusado: “Não vejo nele qualquer traço ou manifestação de arrependimento”. Se, réu confesso, o acusado se manifestasse profundamente arrependido, a mãe da vítima o perdoaria? Só a mãe de Eloá confirmaria ou não este grandioso, humano ou divino gesto. Supondo que o acusado fosse perdoado, ainda assim o julgamento prosseguiria, por tratar-se de ação pública incondicionada, da qual o Estado não pode abrir mão.
Não estou a julgar pessoas e fatos. Analiso opiniões e comportamentos. A natureza humana vê a justiça com os olhos do egoísmo e busca no outro o arrependimento, sem que o ressentimento a impeça de vê-lo à luz do perdão. E assim fica tudo em campos opostos. Homem, justiça e vingança. Deus, arrependimento e perdão.