O OUTRO LADO, EXISTE?

A morte seria o fim? Esse ponto nevrálgico sacode multidões nos 50.000 anos de história humana, e a nada se chegou em definitivo.

Muitos se agarram a uma fé primária, crer sem buscar de alguma forma sustentações mínimas de outros espaços depois da vida material em conjunto com o pensamento, a alma para alguns, também para meu credo pessoal.

Essas indagações são meras especulações ou temor da morte? As duas coisas. Para os evoluídos que compreendem que a morte e a vida são fatos iguais de natureza diversas, ela se apresenta de forma tranquila com os corolários do sentimento moral da ausência, da perda e da saudade, materialidade e emoção.

Para os menos esclarecidos o cenário da extinção do maior bem, a vida. Por isso persiste a pretensão para que se estenda eternamente, não mais acabe na eternidade prometida viver.

Mas outras inserções se apresentam nos credos oferecidos, até mesmo a absurda venda da prosperidade em nome de Jesus de Nazaré, que como o Ungido, Cristo, o filho de Deus, pregou humildade e doação, nunca promessas de riquezas alardeadas aos incautos e cooptados por deficiente apreensão. Serve como exemplo seu seguidor Francisco de Assis, São Francisco, que dobrou o papado com sua pobreza.

Agora a genética, a neurologia e a psicologia, colocam em pauta esse eloquente tema.

O pastor batista Don Piper, depois de um acidente que esmagou seu tórax, matando-o por hora e meia, já coberto e “parado” em seus sinais vitais por noventa minutos, com pessoas rezando juntas ao seu corpo, voltou à vida. Internado, submetido durante cento e vinte dias a cirurgias, em torno de trinta e quatro e ficando no leito por treze meses em sua casa, diz que passou pela EQM, experiência quase morte, tão discutida, de forma feérica.

Disse ter estado no céu, que uma multidão acolheu-o sob palmas, em meio a luzes e sons celestiais em portal triunfal.

Dom Piper não morreu, embora “parado” em seus sinais vitais por tanto tempo. Diriam alguns, e digo o mesmo, mas voltou...não morreu.

A ciência nunca esteve tão voltada para essa pesquisa dos acontecimentos EQM. Principalmente o ocidente vive um êxtase, quase uma fascinação como nunca vista desde o clímax do espiritismo entre 1850 e 1870.

O mais importante é seguirmos nossa origem, nosso inicio de inocência e bondade por toda a vida, a etiologia, o ponto originário fora de dúvidas que é nosso nascimento sem máculas, sem desvios de contaminação que se agregam no correr da vida pelas péssimas escolhas.

Evidentemente que a lei de causa e efeito da qual somos consequência, inafastável, o Primeiro-Movimento, o Primeiro-Motor, não permitirá, como ocorre, que os sofrimentos acres e de expiação comecem a nos surpreender ainda no espaço terreno que habitamos. Já é um prêmio....

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 14/02/2012
Reeditado em 14/02/2012
Código do texto: T3498784
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