LINDEMBERG

Santo André está, hoje (13/02), em polvorosa! Aliás, desde sábado, 11/02, os arredores do Paço Municipal, onde se encontra localizado o Fórum da Comarca, inúmeros veículos das mais diferentes emissoras de rádio, televisão, jornais, estão acampados no local.

É que, nesta segunda-feira, terá início o julgamento de Lindemberg Alves, que executou sua ex-namorada Eloá, após um dos mais demorados casos de sequestros realizados no Brasil.

Hoje, eu que moro a menos de 500 metros do Fórum, acordei com a frota de helicópteros sobrevoando o local. Pelos menos uns 5!

Sinceramente, não negando sua tragicidade, pelas circunstâncias do acontecimento desde sua data, em 2008, sempre entendi muito mais um estardalhaço promovido pela mídia, sequiosa em noticiar fatos desse tipo, do que realmente merecia o caso. Durante mais de 4 dias, nossa cidade esteve em todos os meios de comunicação, com tomadas de cena, fotos, entrevistas, fato muito negativo, para mim, como um habitante nascido aqui.

Na verdade, é preciso que se diga, Eloá era fruto de uma família degringolada. Seu pai, segundo consta, estava na época, preso em Salvador, na Bahia, não interessando qual o crime que cometera, e me parece, que ainda se encontra na mesma situação, hoje. E, segundo consta, veio com uma bravata, neste fim de semana, afirmando que se estivesse presente no acontecimento, nada teria se sucedido. A mãe, pelos comentários ouvidos na cidade, também não levava uma vida digna de ser exemplo. O que se poderia esperar de uma moça, dentro de um ambiente familiar desse naipe?

Por sua vez, Lindemberg, vindo do nordeste, sem qualquer instrução, também não possuía a necessária formação que o tornasse uma pessoa equilibrada.

Expostos numa situação como a que aconteceu, aparecendo ambos em todos os cantos do Brasil, sendo os principais atores do drama, claro está que tudo isso levou os participantes a um estado emocional muito acima do que poderiam eles suportar. Só poderia dar no que deu!E, acrescente-se, a atuação claudicante da polícia, também ensejou o trágico assassinato.

De qualquer modo, aguardemos o veredicto final.

A se lamentar, por fim, o oportunismo de um vereador de Santo André, em propor o nome da vítima, como nome de avenida existente no Jardim Santo André, onde ocorreu a tragédia.