SE OLHARMOS O PASSADO...

Se olharmos o passado...

Veremos que ainda não chegamos ao futuro. E ainda bem!

Olhando pela janela do passado, veremos que os filmes de ficção, aos poucos se tornam realidade. Pràticamente tudo fácil, e ao alcance das mãos. Como previu Julio Verne em suas 20 Mil Léguas Submarinas, ou nos seriados de Flash Gordon nas aventuras espaciais.

Um olhar pela janela do passado, e nossa pergunta naquela época. Será que isso será possível? Muita coisa foi e outras ainda poderão ser.

Se um exército naquela época levava cinco anos para matar dois milhões de pessoas, hoje pode matar vinte em cinco segundos. Para nossa sorte, se anda pensando mais antes de jogar uma bomba dessa potência. Anda-se matando de esquina em esquina, de novo. Ou seja. Ainda não chegamos mesmo ao futuro. Se bem que falta só apertar um pequeno botão, talvez até no peito da camisa.

Se no passado se levava vários meses para atravessar um oceano, hoje de faz em menos de doze horas. Até já se pode passear pelo espaço. E alguns estão até com medo de continuar com esta odisséia por não mais saber onde ela pode levar.

Ainda bem que olhando a janela do passado, conseguimos descobrir a importância de uma cachoeira. Vemos entre suas cortinas o valor da natureza, e até as flores ganham de novo espaço em nossas varandas.

Menos mal que começamos a perguntar o que andamos fazendo e o que estamos fazendo? Até mesmo os valores morais e éticos, estão sendo procurados no fundo dos baús. Logo eles, que em nome da modernidade estavam esquecidos entre nós.

Andam anunciando por aí que vêm novas mudanças para nosso mundo. Só que ninguém diz que estamos buscando tudo, pelas janelas do passado.

Ainda bem que não chegamos bem ao futuro!

Mesmo que alguns usem o moderno para machucar como no passado. Não importa.

Ainda mandamos flores! Ainda sabemos sorrir! Ainda sabemos abraçar! Ainda sabemos beijar! Ainda sabemos sonhar! Ainda sabemos amar!

Ainda sabemos olhar pela janela do passado.

Antonio Jorge Rettenmaier, Cronista, Escritor e Palestrante. Esta crônica está em mais de noventa jornais impressos e eletrônicos no Brasil e exterior. Contatos, ajrs010@gmail.com