O POSTE MALDITO

O POSTE MALDITO

"Técnicos da COHAB consideram este 2012

um ano perdido. São tantos os escândalos,

tantos os problemas envolvendo as operações

de financiamento junto à Caixa Econômica que

os próximos meses serão consumidos só na

arrumação da empresa. A nova presidente" (...)

(nota in O LIBERAL, Belém/PA, 03/fev. 2012)

"(...) pois nascer, crescer, viver, morrer... tudo

está irremediavelmente ligado". - EDGAR MORIN

(Obs.: trecho de texto citado no prefácio de um livro

do escritor RONALDO BANDEIRA, em 1989.)

A recente destruição dos bens dos pobres que habitavam, mesmo irregularmente, a "favela" do Pinheirinho/SP e a ameaça que paira sobre área semelhante, de propriedade do ex-banqueiro Naji Nahas, são 2 faces da mesma "moeda", a insensibilidade do Poder público, a inoperância do Sistema quando a população prejudicada é de pobres, alguns até desempregados, o "fundo do poço" de quem já não tem quase nada. Curiosamente, é preciso que haja tragédias para que o Governo (em qualquer nível) se mobilize.

As questões de moradia popular, de casa (im)própria, sempre insuficientes, ficavam a cargo do extinto BNH-Banco Nacional de Habitação, da época da Ditadura. Nos meus tempos de criança, nos anos 50, cada categoria tinha o seu "Instituto" e suponho que cabia a estes providenciar moradia para os milhares de segurados e suas famílias. O Brasil desandou, o trem da "moradia" popular descarrilhou com a encampação do BNH pela inepta CEF, vulgo Caixa, que sempre só quiz saber de poupança.

Voltemos aos terrenos invadidos na capital paulista e em S. José do Rio Preto, no interior. Um deles custa 6 MILHÕES de reais, que a PMSJ alega não ter... no lamentável caso do Pinheirinho -- quase "ao lado" do "apê duplex" vigiado e fornido do ex-mandatário do Palácio Alvorada -- o valor venal da terra ocupada talvez seja um pouco maior. Para as calamidades de sêca ou cheia em Pernambuco seguiram MAIS DE 90 MILHÕES de reais. Caixa e BB-Banco do Brasil gastam seguramente 1 BILHÃO de reais por ano apenas em marketing... como então não se consegue uns poucos milhões para manter os desafortunados em seus casebres miseráveis, apenas porque uma Justiça, cada vez mais cega, não enxerga o quanto de injustiça há em uma desapropriação dessas?

Pior: desalojaram os antigos moradores lhes prometendo permitir a retirada total de seus poucos bens. Mal estes viraram as costas, tratores reduziram a pó o que lhes custou tantos sacrifícios.

A contabilidade final de tanta "economia" feita por esse prefeito Kassab preocupado apenas em criar mais um Partido -- santo Deus, já são 51 deles, a não fazer NADA além de sugar o Erário -- foi meio bairro destruído, carros e comércios incendiados e CENTENAS de famílias sem ter onde dormir. Assim se faz política habitacional num país cujo discurso é o de erradicar a pobreza, ao invés de se propor somente em diminuí-la.

Não se ouviu um pio do Min. das Cidades, não se ouviu um "Oh. coitados!" da boca rosada de Madame Dilma... cuja preocupação hoje parece ser a de extinguir a "caverna de Ali Babá" que se espraiou por meia Brasília. O "ilusionista" Luís Inácio -- na feliz definição de Dora Kramer, em 19/07/2011 -- não disse 1 palavra em favor dos trabalhadores favelados, êle sempre tão falante quando o assunto é politica(gem).

A boníssima Caixa -- que "sustenta" a interminável construção de milhares de apartamentos de alto padrão, sem praticamente nenhuma fiscalização -- fingiu que o "porbema" criado pela Justiça não era com ela. Recentemente publicou pelos jornais que MAIS DE CEM MILHÕES de reais em prêmios não foram reclamados pelos ganhadores de seus "jogos de azar", enquanto o tradicional JB sofre nova onda de perseguições.

Triste "democracia" esta nossa, que nada fica a dever à cubana... essa dinheirama toda corre para os cofres da Educação que, para cada degrau que sobe desce 2, por mais discursos oficiais que se faça. No tal FAT, o suado dinheiro do trabalhador -- inclusive dos favelados paulistas desalojados à bala e cassetetes -- vem sendo desviado para a "reforma" de um certo Maracanã, que poderá não ver 1 jogo sequer da Seleção Canarinho se o tal "Cacatua Doido" (que pensam ser um Pelé) junto a gansos, patos, marrecos, galos, águias, porcos, urubus, cães, bacalhaus, etc, não conseguir jogar o "bolão" que, segundo a Imprensa, êle sabe realizar.

Morando num triplex de luxo, o sujeito -- que para ser um novo Zico, Renato Gaúcho ou Mário Sérgio "falta um bocado" -- verá "na geral" um monte de desnutridos a gritar seu nome. Espero não ouví-lo reprisar a 'cantiga santista" de que... "o que vocês ganham de salário eu gasto com ração pro meu cachorro!".

Mas, porquê a fortuna acumulada no FAT, que seria para o AMPARO do trabalhador, não pode ser empregada para indenizar os donos dessas áreas em litígio, que seriam adiante saneadas e melhoradas? Fomos "expulsos" em 1983 de um Morro no qual minha mãe morou comprovadamente mais de 35 ANOS, outras pessoas mais de 60 anos. A construtora "pagou" os impostos atrasados da pedreira íngreme e poz "na rua da amargura" 92 famílias.

CEF e Banco do Brasil detém uma quantia colossal de dinheiro alheio, juros e dividendos (de contas-correntes) que os "magos da Economia" de Collor, Itamar e quejandos "surrupiaram" com sua inépcia e manipulação. A Caixa paga PIS anual para MILHARES de brasileiros com direito ao ressarcimento das perdas dos mirabolantes "Planos"... o Banco do Brasil está em situação semelhante. Se esse País realmente prestasse, se tivesse um mínimo de consideração com o povo que o sustenta com suor e lágrimas, muita gente já teria recebido o valor que lhes cabe, EU entre êles. CEF e BB, com um pouco de boa vontade e em conjunto com os TREs de cada Estado, têm como localizar e RESSARCIR mais de 80% dos que estão relacionados. A pobreza de caráter e de espírito dos governantes de nosso País jamais lhes permitirá uma ação positiva... que a verba mofe nos cofres estataís.

Entretanto, o que tem o "POSTE MALDITO" a ver com o tema de um artigo sobre moradia e verba indenizatória?! Absolutamente tudo! As empresas do Governo (municípios ou Estados) que servem o "cidadão" -- e por vezes o desservem -- se acham acima da Lei e das leis que as presidem, o mesmo sucedendo com ex-estatais, hoje aparentemente particulares. Por uma espécie de "osmose infecciosa", praticamente todos os funcionários delas também se acreditam acima de tudo, podendo fazer o que bem entendem.

Voltando às "siamesas" CEF e BB... se a Lei lhes manda DEVOLVER a verba dos Planos, porque têm que exigir dos donos dela extratos, contas e contratos de mais de VINTE ANOS atrás? Bastaria identidade e CPF, a não ser que o Banco não queira pagar. Na época, aqui em Belém, tive conta no Bradesco (1988/89) e no BB (1993/94)... hoje, cabeludo, desdentado, mal vestido e com chinelos de borracha "voaria" porta a fora desses Bancos, a pontapés, caso fosse lá exigir informações sobre minhas antigas contas. A celestial CEF de Ananindeua, em abril de 2011, recusou-se a me pagar um prêmio lotérico de 1.352 reais, apesar dos 3 ou 4 documentos (com foto) que levei, à exceção da carteira de identidade. Um amigo o recebeu por mim!

O poste maldito fica bem ao lado de minha casa, na periferia da capital, no município vizinho a Belém. Em maio de 2011 um funcionário "espírito de porco" da terceirizada que verifica os "relógios de luz" em boa parte do Pará, deixou de ler o consumo do meu. A ex-estatal CELPA -- que já era ruim nos anos 80 e piora sempre mais -- sem meus dados reais de consumo produziu uma "conta de luz" (referente a MAIO/2011) que é um primor de sandice, pois 1) afirma ter lido o relógio; 2) declara um consumo de ZERO KWH (?!), quando gastáramos 21/22 kw e, por fim, 3) FATURA 30 KW, com base em uma norma da ANEEL que é verdadeiro achaque, extorsão pura e simples.

Em meados dos anos 90 o CAC ou SAC da empresa acolhia nossa reclamação e trocava a conta imprecisa. Mais antigamente ainda, quando os anotadores eram escassos, o próprio cliente preenchia 4 ou 5 quadradinhos (na conta errada) com o consumo correto do seu relógio e a atendente produzia nova conta. Em vão tentei ANULAR a conta seguinte, na qual a empresa me cobrava 60 DIAS de consumo, agregados à "taxas" de todo tipo, um custo 4 vezes maior que o de costume. Recorrí à Justiça gratuita do bairro que, por pouco, não me sai muito cara.

O jovem advogado já na fila de espera me pedira silêncio, embora eu estivesse a uns 8 metros dele. Depois, me aconselha pagar a conta absurda... "PARA VER COMO É QUE FICA"! Retruquei irônico que, se eu pagasse, voltaria para lhe cobrar depois o prejuízo. Ameaçou me prender por desacato à "autoridade"... paguei a conta, não voltei lá e passei a reclamar meus direitos via Internet, mais de 50 emails no total.

Enquanto isso, o poste maldito "atraía" 3, 4 ou 5 equipes da CELPA, todas me procurando para saber o que eu queria. O serviço de leitura do relógio só piorava... em outubro NÃO LERAM de novo o relógio, me jogando em novo calvário, exatamente igual ao de maio/junho. Nôvo "acúmulo" de 60 DIAS de consumo na conta de novembro, com preço triplicado. Em novembro passamos a monitorar o poste (e o relógio)... o sujeito tirou a conta de 5 casas, MENOS DA MINHA. Meu relógio "estava bloqueado" lá na Matriz, argumentou.

"E chega dezembro e a chuva não vem", cantou um dia o Rei do Baião... nem a conta de luz também que, com leitura/EMISSÃO e apresentação (?!) em 16/dez. 2011, atravessou o ano "na gandaia" e só foi entregue em 11/janeiro 2012, colocada às pressas em nossa caixa postal. O "verme" da EVOLUTI (filial Castanheira), que tantos prejuízos já me causou, não parece preocupado com o próprio emprego.

Poucos dias depois, montamos "tocaia" ao lado do poste maldito. Às 16 horas e pouco de 16 de janeiro volta o sujeito para conferir o consumo do mês... meu irmão exige dele a nossa conta. O fulaninho reluta! Meu irmão o recrimina, "dá-lhe uma mijada", no jargão paraense. Enfim, a maquininha produz uma conta, que o funcionário pica em pedacinhos. A discussão se inflama, vou à rua saber do que se trata... o sujeito tira mais 2 contas "em branco" e, só então, a fatura válida é produzida, mais uma humilhação entre tantas outras que a CELPA nos tem feito passar.

Quando o Governo do Pará vendeu a estatal (em 1999?) o discurso oficial declarava que o serviço mudaria para melhor. Ainda não consegui ver esta melhora, mas é de se crer que uma Ouvidoria DENTRO DA EMPRESA a impediria de cometer tantas irregularidades. Ledo engano: o "órgão fiscalizador" é mero enfeite e, quando o acionei, argumentou que os funcionários da CELPA eram exaustivamente treinados, reciclados, etc e tal. Mas, o Mundo dá muitas voltas e, eis que numa delas, dona CELPA me envia em 2/fevereiro (of. 0079/2012 DCL/2011) -- pelas mãos da mesma desagradável Evoluti -- amável cartinha. (OBS.: vale a pena citar que o poste recebeu em 31/janeiro visita de mais uma equipe. Quando ameaçaram pôr a escada no poste, fui lá protestar em altos brados. "Só pode ser brincadeira!", esbravejei. Foram embora para voltar às 10 horas, 15 minutos após a visita inicial... ao me virem, aceleraram o carro prateado e sumiram.)

Voltemos à carta do coordenador de combate à inadimplência, dr. Pedro Pinto, referente a "DEVOLUÇÃO de valores cobrados a maior (?!) na fatura 06/2011"... com SETE MESES de atraso, quando a legislação a intima devolver no mês subsequente. Desconheço quem a obrigou a esse "mea culpa" (DECON, ARCON, MP, CNJ, o MME, talvez a RedEnergia ou a ANEEL?!), até porque o BID de New York praticamente "lavou as mãos", apesar de nas minhas contas rezar que... "os direitos de crédito contemplados na presente Fatura foram (...) cedidos ao BID, em garantia ao empréstimo..." etc, etc. Traduzindo: as "extorsões" consentidas pelo regulamento da ANEEL (ouviu, MME?) acabam "nos bolsos" do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Falta agora acertar a devolução "a maior" do golpe aplicado/repetido em out./novembro 2011. Pelo andar da carruagem só nos farão justiça (ao "estilo" da CELPA) em 2013.

Num texto reticente, dona CELPA admite que "houve equívoco na coleta DA LEITURA" -- correção, senhores, JAMAIS EXISTIU LEITURA e, a partir daí, a conta inteira É FALSA! -- e que vai nos devolver o equivalente a 30 kw, nas faturas subsequentes (sic). Não aceitarei contas de 0 reais, sem código de barras ou outro formato que impeça o registro mecânico de quitação. No frigir dos ovos, a norma de devolução EM DOBRO do que paguei indevidamente é "chutada para escanteio" pela CELPA, cuja Ouvidoria nem agora fala a meu favor. Os 30 kw a me serem "devolvidos" (com o absurdo aumento atual das taxas equivalem apenas a 10 dias de consumo, hoje) se referem AO MÊS FANTASMA, a tal "taxa de uso" que ela nos empurra goela abaixo, QUANDO NÃO LÊ nossos relógios. Em suma, a Celpa NÃO FAZ seu trabalho e somos PUNIDOS por isso.

O eventual leitor se pergunta o que tem a "estatal de desabitação" a ver com isso?! O sujeito realmente pobre que já frequentou os corredores desse tipo de órgão, EM QUALQUER ESTADO, sabe o que é humilhação. Para se construir escolas, hospitais, pontes, estradas, faz-se uma licitação... e pronto! Somente para a construção de 200 ou 300 casas populares a cada 4 ANOS se mantém 400 ou 500 funcionários, que sequer produzem os carnets de prestação, aliás até mesmo a cobrança é terceirizada, em Belém uma rede de farmácias a realizava.

Após vários anos inadimplente, nossa família retomou os pagamentos da casa própria, a partir de um projeto federal de set./2000 que isentava os anos futuros, para as casas construídas até 1987. Por nossos cálculos a dívida total ficaria em torno dos 500 reais. A estatal impiedosa "transformou-a" em mais de 6 MIL reais, (R$ 6.347,00) bondosamente "reduzidos" para 2.497,00 e, adiante, 1.950,00, divididos em 24 prestações de R$ 81,25, um peso quase insuportável para nós em 2006, que vivemos de reciclagem todos esses anos.

Contactei quase 20 "autoridades" a fim de neutralizar a sanha da Companhia, cujos "cálculos" incluíam mais de 180% de juros AO MÊS (ver no anexo o mês 217), uns 4 MIL POR CENTO nos 40 meses relacionados no 'Demonstrativo de Dívidas". Em cartas, desde abril/2006, à CEF-Matriz em Belém, à Assessoria do Governador e até ao Min. das Cidades eu implorava uma REVISÃO dos juros abusivos, enquanto o ex-retirante Luís Inácio gabava-se de ter no Brasil a inflação mais baixa dos últimos 20 anos, apenas 4,75% no ano, salvo engano.

Juros de mora (e mesmo multas por atraso) tinham cota fixa no país inteiro, constavam até da Constituição, de 6 a 12% AO ANO. Em vão tentei fazer valer esse argumento... a CEF/PA demorou 92 dias para me responder (em 22/fev.) no Of. 070/2007/SR-PA que "a CAIXA não detém qualquer gestão sobre o caso em questão, POR NÃO SER DETENTORA DO CONTRATO de financiamento". O Min. Cidades, que dá as verbas para as CEFs repassarem às COHABs, foi pelo mesmo caminho... 'trata-se de um contrato particular entre as partes", ou seja, VIRE-SE, não temos nada com isso, ela cobra os JUROS que bem entender. Qualquer semelhança com o caso atual da CELPA, que envolve o MME e a ANEEL no mesmo "balaio de roupa suja", não é mera coincidência. Quando se procura a Justiça (e justiça) é que vemos o quanto a "Pátria amada Mãe gentil" é madrasta! A nota atual sobre a COHAB-PA mostra-a resolvendo "operações de financiamento junto à Caixa" que, aliás, detém a ESCRITURA das casas populares construídas.

Os recibos de prestação da casa, que vinham pelo Correio, começaram a rarear... depois sumiram completamente. A estatal fechava às 13 horas e, para ter a 2ª via do recibo, eu deixava de trabalhar boa parte da manhã, numa Capital que vira "um cemitério" após a "meia hora", 12,30 hs no resto do país. Por fim, deixei de ir buscar, afinal o Correio ERA PAGO para me trazer as faturas... as semelhanças com o caso atual da Celpa/EVOLUTI não são mera coincidência.

Para encurtar a "estória", apenas entre junho/2007 e abril/2008 deixaram de nos entregar OITO MESES de recibos, num total final de 11 contas originais sonegadas, fora 3 ou 4 que tive que pedir "segunda via". Nesse ínterim, a "companhia" passou meu contrato para um "escritório" de cobrança judicial, com ameaça de retomada da casa, QUITADA por projeto federal 8 ANOS antes. Ameacei com processo por chantagem os donos da "espelunca", que logo saíram de cena. Por fim, um advogado "mui amigo", atuando na indigitada estatal, encerrou nosso suplício: juntou as 5 prestações finais (mais 74 reais de multas POR ATRASO) numa fatura de 482,00, me enviada em 28/nov. 2008... para quitação em 28/11/2008, com instrução para NÃO RECEBER após a data de vencimento..

Assim terminou um dos momentos mais vergonhosos de uma "empresa" absolutamente dispensável, com os Correios de Belém tendo uma "participação" lamentável no caso. Infelizmente, o Min. das Comunicações, que tomou conhecimento dos fatos, jamais respondeu meus emails. Um dado curioso: os recibos traziam um aviso... "as casas ABANDONADAS COM ATRASO poderão sofrer rescisão de contrato". Protestei por carta que aquilo era um acinte para quem se esforçava em pagar os atrasados. Corrigiram, apenas retirando o têrmo COM ATRASO! Isso mostra a "interesse" da estatal por moradia popular!

Em novembro/2006 eu dirigira extensa carta à Casa Civil, em Brasília, que tinha como Ministra-chefe uma certa sra Dilma Roussef. Exatos 365 dias depois enviei outra informando-a que o Min. das Cidades -- além de passar minhas denúncias para o SNH, que as repassou para o DPH -- não mexeu 1 dedo. De concreto mesmo só uma delicada "cartinha" do Ministro (que de forte só tinha o sobrenome!) solicitando que a estatal considerasse os meus pleitos. É muita ingenuidade... eu enviara DEZENOVE EMAILS para 3 diferentes presidentes dela sem sequer uma resposta. Entre abril e novembro de 2006, cansado de injustiças, enderecei volumosas correspondências à Assessoria do Governo tucano, um certo Simão Jatene. As preciosas informações mofam nos arquivos do Palácio dos Despachos desde aquela época.

Agora, leio com prazer irônico que a "marinheira de primeira viagem" que preside aquela "arapuca" está estarrecida com o que viu -- e não viu nada, pelo que posso imaginar! -- nos labirintos da "instituição". Se a "presidenta" quiser uma sugestão, quebre o sigilo telefônico das 2 salas "onde tudo acontece". Se tiver coragem de ir avante, esmiúce os telefones pessoais das pessoas que as coordenam.

Talvez assim eu me sinta vingado por tudo o que nela passei desde 9 de outubro de 1986, quando me inscrevi para tentar conseguir um "cubículo impopular" de 4 x 7m, sem reboco, só pintura a cal. Enquanto os donos demoliam CASAS NOVAS (para evitar a invasão delas) milhares como eu pagavam 49 cruzeiros da época apenas para serem ENGANADOS... exatamente como ainda sucede, 25 ANOS depois. "Terra boa é o Pará"!, proclamam eufóricos os locais. Para alguns, sem nenhuma dúvida!

CINCINATO PALMAS AZEVEDO

@NATOAZEVEDO

@Mural Escritores

(ANANINDEUA, Pará)

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ATENÇÃO, os docs abaixo NÃO PODEM SER REPRODUZIDOS na Imprensa, penso eu.

COMPANHIA DE HABITAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ - C O H A B - P A .

AV. ALMT. BARROSO- PASS. GAMA MALCHER Nº 361 - SOUZA- CEP 66.613-115-PABX (91) 214-8400

TELE-ATENDIMENTO: 0800-2807600 (8 às 17h) - CNPJ/MF 04.887.055/0001-16

Site - www.cohab.pa.gov.br -

>>> COHAB / Pa. POLÍTICA DA QUALIDADE. ISO - 9001 : 2000. <<<

"PRODUZIR HABITAÇÃO COM QUALIDADE A CUSTOS REDUZIDOS,

VISANDO A SATISFAÇÃO CONTÍNUA DO CLIENTE".

A COHAB é o Órgão responsável pela execução da política habitaconal do Governo. Graça ao

desenvolvimento deste trabalho foi possível beneficiar milhares de famílias com LOTES e CASAS.

C O H A B HÁ 40 ANOS REALIZANDO O SONHO DA CASA PRÓPRIA.

( MANTENHA EM DIA SUA PRESTAÇÃO)

CONTRATO.....: xxxxxxxx REGIÃO ( 101 ) CIDADE...: ANANINDEUA

MUTUARIO.....: xxxxxxxxxxxx ............. BAIRRO...: COQUEIRO

ENDEREÇO.....: TRA WE xxx NUMERO xxx CEP......:

COMP. END....: PRAZO FINANC.: 24 MESES

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*** RECIBO DE COBRANÇA (2ª VIA) ***

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RECEBEMOS DO SR(A)..xxx....xxx... O VALOR DE 480,56

(QUATROCENTOS E OITENTA REAIS E CINQUENTA E SEIS CENTAVOS *****************************************)

COMO PAGAMENTO DAS PRESTACOES ABAIXO DISCRIMINADAS:

DATA DO CALCULO : 28/11/2008 PAGAVEL ATE 28/11/2008

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PRT VENCIMENTO ENC.MENSAL MORA ANT. SUBSIDIO C/CORRENTE MORA ATUAL TOTAL A PAGAR

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018 30/10/2007 81,25 0,00 0,00 0,00 17,56 98,81

019 30/11/2007 81,25 0,00 0,00 0,00 16,47 97,72

020 30/12/2007 81,25 0,00 0,00 0,00 15,44 96,69

023 30/03/2008 81,25 0,84 0,00 0,00 12,49 94,58

024 30/04/2008 81,42 0,00 0,00 0,00 11,34 92,76

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TOTAL A PAGAR 480,56

MENSAGEM: BIG-BEN E BANPARÁ - NÃO RECEBER APÓS VENCIMENTO.

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Cidade Nova VI, ANANINDEUA, Pará, 30 de outubro de 2007

ILMO SR MINISTRO

Ministério das Cidades / DF

Dr. MÁRCIO FORTES

Ref>: vosso e-mail oficial de 29/out. 2007

Dr. Márcio !

Creio que seria imensa ingenuidade de vossa parte acreditar que eu endereçaria correspondência a um Ministério por causa de um ou dois recibos de prestação da casa (im)própria que eu não tivesse recebido.

Deixei claro, em todos os e-mails e na carta de 17/MAIO 2007 que estava sendo vítima de uma injustiça que só seria sanada aí em Brasília.

O silêncio proposital da Presidência da COHAB-Pará AOS TREZE E-MAILS que lhes enviei (desde dez.2006) prova que ela não dá a menor importância ao mutuário... e vosso Ministério é TESTEMUNHA DISSO, pois tenho enviado cópias sucessivas de minhas mensagens ao MinCidades e à SNH.

Se a COHAB (vide abaixo) tivesse atendido a mensagem oficial de seu Minnistério em nov./2006 -- em nome do PRESIDENTE do Brasil, sr, Luís Inácio LULA da Silva -- eu não estaria agora pagando absolutamente nada e nem V. Sa. se aborrecendo com minhas lamúrias.

Esta casa -- de 3 compartimentos de alvenaria sem rebôco...segundo a FALSA VISTORIA "feita" pela COHAB em agosto/2006 -- só vale 5 mil e poucos reais e vem sendo paga desde 1981. Portanto, mais de VINTE E UM ANOS de prestações quitadas... enquanto DEZENAS DE CASAS aqui no bairro se encontram abandonadas e até DEMOLIDAS. Posso lhe fazer uma relação,quando o sr. quizer. Até a sede da COHAB aqui (e que vale uns R$ 120 mil) está abandonada desde fins de 2002.

Tenho direito a esse RECÁLCULO desses juros infames (vide anexo, por favor) e até uma INDENIZAÇÃO por danos morais, porque a COHAB foi longe demais, no intuito de me prejudicar.

Está nas suas mãos mudar isso, sr. Ministro, mas não com educados Oficios que a COHAB vai ignorar e, sim, com ordens diretas e definitvas.

Faça-me Justiça, dr. Márcio... é somente isso que venho lhe pedindo!

RESPEITOSAMENTE,

CINCINATO PALMAS AZEVEDO

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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: nossa casa estava toda reformada e ampliada desde 1990/91, com seis compartimentos, 3 deles forrados e valia pelo IPTU 19 MIL REAIS, o valor real era de mais de 30 MIL. A estatal desvalorizou visando pagar pouco de "indenização", quando fosse desapropriar a residencia por ATRASO nos pagamentos.