“Matei o chefe...!” - (curta)
Estávamos os oito na casa do aniversariante, informalmente sentados em volta da mesa de centro a bebericar aguardando o almoço ser servido. Conversa animada, alegria subindo enquanto o nível do Uísque descia na garrafa. Um dos convidados era o presidente de um dos Tribunais aqui da Bahia, amigo do dono da casa, acompanhado de um assessor, diretor geral do Tribunal, que é jornalista e meu amigo, uma das figuras mais irreverentes que conheço e também “grande devorador de copos”. Um tremendo boêmio e, das suas "marcas registradas" as mais comuns são a risada do tipo “rô, rô, rô” e as constantes gozações que faz com todos.
Num dado momento, o “Sr. Presidente, já lá nas alturas”, estendeu o braço em direção a mesa para pegar a garrafa e caiu de joelhos sobre o tapete, sendo auxiliado para sentar-se de volta no sofá.
Não deu outra! Quando os dois foram-se, assim que o meu amigo chegou na área externa do prédio ligou para o apartamento, satisfeitíssimo e exclamando:
— Rô, rô, rô... matei o chefe!