VELHOS AMIGOS
VELHOS AMIGOS
Antonio de Lima, meu velho e saudoso pai, sempre esteve ligado a muitas pessoas, daí surgindo o grande número de relacionamento que possuía. Por exercer um cargo na Prefeitura de Santo André, que exigia constante deslocamento por todo o território municipal, o contato com a população era contínuo. Sua função era de lançador de tributos. Utilizava-se de uma charrete.
Então, surgiram as amizades com grandes proprietários de terras.
Os Assunção tinham uma espécie de gerente, administrador de seus loteamentos, Suyemaro Okumura, que veio a se tornar um dos maiores, senão o maior amigo de meu pai. Pai de diversos filhos, cito apenas o Hiroshi, com quem convivo muito no Panelinha, nosso clube.
Os Thon, lembro-me perfeitamente, vinham à minha casa aos domingos, ou nós, minha família, nos dirigíamos à deles, lá na longínqua Vila Homero Thon, perto da Pirelli. O Arthur Thon foi o grande companheiro dele. Pai do Clóvis e do Clifton, que vieram a se tornar também meus amigos, e de meus irmãos. Dona Valentina, sua mulher, tornou-se excelente amiga de minha mãe.
Devido à sua atividade, outro que veio a estreitar laços de amizade com o seu Tonico, foi o Said Chedid, da Dona Sinésia, pais da Inezita, do Farid, da Ivete e do Fuad, hoje todos nossos vizinhos de apartamento.
Quando já me dava por gente, isto é, entre a juventude e a mocidade, meu pai alcançara novas posições na Prefeitura. Exercia o cargo de Tesoureiro, de mais “status”. Nessas alturas, seu círculo de amizade cresceu muito. Convivia com Luiz Furtado, como nós, morador na Vila Assunção, na Rua Santo André, perto da Matriz. Ele e Dona Laura eram muito chegados a nós, assim como seus filhos, a Clarisse, a Célia e o Flávio.
Lá na Rua Padre Anchieta, no Bairro Jardim, morava o Eduardo Barile, também alto funcionário da Prefeitura. Sua mulher, Dona Linda, uma criatura muito simpática, deixou muita saudade. Algumas férias passamos juntos em Santos, na Pensão Paulistana, no José Menino. Os filhos, Clotilde, Cristina, Cecília, já falecida, e Eduardo se davam muito bem conosco, e a amizade era bem grande.
Além desses, posso citar, também, o Natalino Lamberti, cuja filha casou-se com o Luciano Faria, da família dos mineiros, moradores da Vila Assunção. O Indalécio, cuja filha Isabel Ivete casou-se com o Alfredo Barbosa, conhecido pediatra, irmão de meu grande amigo Darcy, também médico, colega dos tempos de Arquidiocesano. O Sócrates de Oliveira, conhecido por Santinho, era outro funcionário da Prefeitura, do círculo de amizades de meu pai. Lembro-me das inúmeras vezes que fomos, o Sebastião e eu, em sua casa, no Bairro Jardim, levando as encomendas feitas na Mercearia Dom Bosco, de nossa propriedade.
Guardo todos eles em minha memória, de um passado muito feliz!