A greve da Policia da Bahia.

Quando a policia não policia a cidade vive o caos onde bandidos comandam verdadeira festa, vi com ironia que eles se misturam em espalhar o terror ao povo que enjaulado e encurralado nas ruas e becos viveram momentos de angustia e tensão. É sabido que, quem faz greve, luta por melhor salário e melhores condições de trabalho, o que me parece justo,quando o patrão não reconhece e ou esquece, desta relação salutar. É sabido que estes políticos governantes desacreditados vivem de promessas eleitoreiras e assim às vezes o tiro é dispara no pé como é o caso da Bahia, então a relação apodrece e a greve acontece e o povo é quem padece.

Porem, quando vejo pessoas com armas parando ônibus e os atravessando nas pistas impedindo a população de chegar ao destino, é movido por uma indignação infinita, que questiono quem são os bandidos nesta relação. Pensava que Gonzaguinha estava exagerando quando em uma de suas musicas, ele dizia que não sabia quem era a policia ou o ladrão, nesta greve pode o Brasil constatar a lucidez de Gonzaguinha. E o pior, que este filme já o assistimos em 2001.

Depois de verdadeira carnificina com corpos espalhados pela cidade diante de uma população triste e se sentindo otária, pois paga religiosamente seus impostos ainda que seja sabido dos desvios destes. Esta população viu pelas ruas desfiles de carros com soldados da Força Nacional como se estivesse num processo de guerra urbana, mas nem isso lhe restituiu a crença na segurança.

Nos discursos dos responsáveis apenas se ouvia, que o carnaval estaria garantido como se o povo apenas pensasse na festa, pregavam que a segurança estava garantida, mas o que se via nos bairros mais pobres eram corpos desovados diante do silencio que se impera nestas comunidades.

O que o cidadão não entende é como a policia pode fazer greve com as mesmas armas que nos faziam sentir protegidos, agora são elas mesmas que nos afrontam como se fossemos os julgados e condenados ao terror. Que a policia de volta a sua árdua e nobre missão, possa refletir sobre o movimento com todas suas consequências, inclusive analisar os

interesses escusos que se escondem por trás da pauta que se aprovam aos lideres, que falarão em seus nomes sob pena de levar justa luta ao fracasso e a uma fatal desmoralização da corporação. Uma policia militar tão elogiada como a da Bahia não pode estar a serviço de pessoas com objetivos estranhos e escusos. Salvem a Policia a que policia e nos tranquiliza.

Toninho.

11/02/2012.

Observação: A musica de Gonzaguinha é "A cidade contra o crime."

Leia o trecho:

Eu faço parte desse medo coletivo

já não sai nem se confio na polícia ou no ladrão

(A barra não tá mole não, ladrão já tem que andar

Com plaqueta de identificação

a dita anda dura mesmo com a abertura) (Gonzaguinha)

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 11/02/2012
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