Atenção a todos que foram meus alunos na Cultural

A maioria já sabe que fui mandado embora da escola por motivos obscuros e sem base devidamente fundamentada. Meu objetivo nesta breve mensagem não é tratar do ocorrido, pois não caberia falar de partes que não se encontram presentes, já que não teriam a possibilidade de apresentar seu ponto de vista. Meu intuito é falar aos que se indignaram a ponto de perder o ânimo ou aqueles que, de alguma maneira, se sentiram prejudicados pelo acontecido. Problemas com escolas existem e estão em toda parte.

Na sua carteira de Técnicos de Radiologia não aparecerá o nome da escola, quando passar em um concurso público, será o seu CPF que será usado e não o CNPJ da escola, estude e esqueça o resto, a escola só te dá diploma, o professor só mostra o caminho, mas é você que precisa trilhá-lo. Sei que muitos estão chateados com o que aconteceu, porém, não é motivo para perderem a razão.

Apoio a todos que desejarem reclamar, inclusive temos base em nossa constituição, afinal, vivemos em democracia. Sempre reclamei, quando aluno, quando sabia que tinha razão e não quero ninguém abaixando a cabeça diante de injustiças. Afinal, somos nós, alunos, que sustentamos todas as escolas particulares e mesmo as públicas só existem por nossa causa. Não façam 'cara de novela' evitando tocar no assunto quando tiverem a oportunidade. Não somos criminosos e não temos motivos para nos envergonhar. Foi um grande mal-entendido e não existem criminosos em parte alguma.

Não terei problemas em voltar, se for convidado, no entanto, se não voltar, quero ter certeza que fiz de tudo para fazê-los entender que NÃO DEVEM PARAR DE ESTUDAR! Para muitos, mudar de escola será perda de tempo e dinheiro. É preciso ter foco e mudar de escola, dia e horário não vai ajudar. Sou formado naquela escola, na Escola Cultural e tenho orgulho de dizer isso sim. Erros? Todos nós cometemos. O que nos tornará pessoas e profissionais diferentes não será quantidade de erros que cometeremos, mas a maneira como iremos lidar com esses erros. Não apenas os nossos, mas os dos outros principalmente.

Se tivesse um paciente na mesa e você presenciasse uma injustiça o que faria? Por mais que fosse válido reclamar da injustiça, seu trabalho no momento é salvar a vida do paciente, certo? E agora? Qual o seu trabalho? Vou dizer: é estudar e contribuir para que hajam, no futuro próximo, profissionais de qualidade, qualificados para ocuparem vagas de destaque no mercado e que saibam da importância que têm para a sociedade. Que saibam reclamar seus direito? Sim, óbvio, ninguém trabalha de graça. Mas que tenham plena certeza de que sua prioridade é a vida!

Assim, encerro dizendo que foi um prazer imenso servi-los, a todos, sem restrições ou reservas. Quem me conheceu de verdade pôde perceber que me entrego no que faço e não levo para o lado pessoal, nunca. Quero futuramente esbarrar com vocês, todos vocês, já formados e lembrar com carinho dos momentos em que aprendemos juntos, discutimos juntos, choramos juntos e vencemos juntos. Pronto, falei.

Prima
Enviado por Prima em 09/02/2012
Código do texto: T3489524
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