LEI MORAL. FÉ CONFUSA.

Uma maravilhosa senhora que declina seus valores especiais neste RECANTO, cultuada por seus pares, justificada e merecidamente, Maria Olimpia Alves de Melo, comenta crônica minha anterior dizendo sobre sua fé. Discordo respeitosamente.Sua fé não é confusa.

Fé difusa é diverso de fé confusa. Quem nomeia seus valores erigidos sob e no pregão da Lei Moral, tem fé arraigada e sustentada na certeza dos valores professados. E a fé nada mais é do que a perseverança na nossa origem de chegada; a bondade que de certa forma se alia à inocência originária.

Em suas asas chegamos e só deixamos o halo dessa chegada se abandonada a lei moral. A certeza da materialidade, da mutação serena e bela da natureza, não nos retira a fé em outros espaços nem os torna despercerbidos. Não é em vão que o pensamento habita somente os seres racionais. Na materialidade mineral e vegetal inexiste pensamento, também nas espécies com mobilidade de ir e vir no reino animal com movimento permanente. Eles não pensam...

É o outro plano que levamos conosco enquanto vivemos na matéria e nos diferencia. Pensar concretiza o que chamamos de alma, livre, leve e solta, por já existir, e que passeia em outros rincões, só não sabemos como e onde.

Pela obviedade da matéria que carregamos, em conjunto com o ato de PENSAR a nós inerente, fica claro que não somos só matéria. Por que só à nossa espécie foi concedido o pensamento? Para administrarmos a busca pela fé difusa, ainda que complexa, das outras paragens, ainda que vestidos de matéria.

A ponte que liga estas duas naturezas que carregamos, matéria e pensamento, únicas entre tudo que vive no Planeta Terra, é a fé, e ela tem como principal pilar, a Lei Moral, natural e fundamental para aspirarmos a prevalência dos sentidos vividos quando extinta a matéria, dos sentidos que se embasaram na Lei Moral. Amor, caridade, solidariedade, amizade, reconhecimento da irmandade de todos.

Ninguém que pede e propaga amor o faz sob ameaça nem está distante da fé.

O amor não caminha ao lado do ódio nem faz escola na incompreensão.

É por desconhecermos como se forma a vida, e como surgiu, mistério negado à nossa inteligência, é que ela nos foi concedida. Precisamos de avaliação para ascender em tudo, é essa mesma avaliação que nos deu o Primeiro-Movimento, de inexorável existência, para escolhermos a busca pela fé e ascendermos. Isto é o pensamento difuso, que espalha o bem por escolha, que ensina o caminho melhor, que tem FÉ no que prega por viver a verdade do que dissemina. Temos assim a profusão do que é bom, por fé difusa, nunca confusa.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/02/2012
Reeditado em 08/02/2012
Código do texto: T3487272
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