BRINCANDO DE CASINHA
Sabe quando um relacionamento é sério o suficiente para se querer estar junto, mas não o suficiente para justificar uma união nos "moldes tradicionais" ? Elas :independentes com uma bagagem pesada de relacionamentos e uniões que não deram certo mas cuja carência faz com que acreditem que em algum momento "o negócio" vai decolar .
Eles :se achando a última coca cola do deserto mesmo solitários porque obviamente a opção foi deles mesmo...
Quando Ela encontra com Ele e resolvem tentar uma união menos convencional em que juntos mantêm uma certa privacidade morando em lugares separados ,eis que surge a figura do NAMORIDO . Amigas ,não se iludam...Uma vez com os pés dentro de casa e...o corpo compartilhando a mesma cama ,mesmo que "eventualmente" ,o comportamento torna-se padrão,maldito Édipo que os faz eternamente dependentes da figura da mulher.Não importa a condição financeira ,a idade ou a classe social: todos querem ser cuidados por elas. E elas após uma resistência inicial, quando se dão conta, estão ajeitando uma roupinha aqui...fazendo uma comidinha ali e arrumando uma gavetinha acolá .O tal "namoro" aos poucos vai adquirindo ar de casamento tradicional em que o homem "bem cuidado" pela "namorida" mantem sua independência e privacidade e Ela ,achando que está fazendo uma grande escolha porquê afinal também mantem suas reservas ,passa assumir a função de provedora do lar da sua e da casa dele.Mas que triste destino esse nosso ,em que para se ter um pouco de carinho e companhia precisamos sempre pagar algum preço ...Sim porquê eles acham que a simples presença "protetora" da figura masculina já é o suficiente ( "...mesmo que seja eu ,um homem prá chamar de seu " )
Talvez se eles tivessem um pouco mais de independência doméstica e elas acreditassem um pouco mais nelas mesmas ...
Todos nós homens e mulheres na realidade queremos ser cuidados e amados e é natural que quando amamos queiramos sempre proteger o objeto do nosso amor ,o grande segredo ,em qualquer relacionamento é a troca que deve ser sempre igual ,na mesma frequência ,na mesma intensidade. É essa "troca" que nos faz querer "brincar de casinha" mesmo quando o jogo da moda é a "dança das cadeiras" em que mal sentamos e já estamos trocando de lugar .