VOU POR AI...

Vou seguindo e não estabeleço compromisso nem comigo mesmo de acertar, sempre. Sigo com os meus erros e acertos, só assim sei seguir.

A propósito, nunca esperei este acontecimento do infalível, longe de mim. Aliás, já fiz algumas coisas erradas que deram certo. Pode? Comigo pode.

O que pode ser remédio para um pode ser veneno mortal para o outro, a vida tem destas manhas e admite até acertar com o erro e errar numa vontade santa de acertar.

A gente vai mudando no decurso da vida, ninguém, consegue ser o mesmo pra sempre, embora muita gente diz orgulhosa: - “eu sou sempre o mesmo”, querendo passar firmeza de caráter, autenticidade. Por exemplo: já fui muito volúvel no amor, até eu que queria ser certinho e amar no figurino correto. Já tive duas, três amantes, ao mesmo tempo e não me sentia traidor porque gostava das três, todas eram importantes pra mim. O pior disso é a mentira pra justiçar horário, porque não foi, estava aonde e ai surge uma porção de desculpas esfarrapadas. Isso é o pior que pode acontecer; nesse momento da mentira o homem se torna frágil e tem pena de si mesmo. Já menti uma porção de vezes, tantas quantas já sofri por ter mentido. Mentira é uma droga que atinge mais aos mentirosos em se tratando de relacionamento Homem/Mulher.

Às vezes você parte para cima de algo que supõe que dará um imenso prazer, vira a noite e volta pra casa com um gosto de nada. Também às vezes, num acontecimento simples, sem grandes pretensões, você volta livre, solto e feliz; isso porque você é o principal juiz dos teus atos e não consegue mentir pra si mesmo, embora muitas vezes tente e até chega pensar que teve êxito.

Fez-se tudo certinho, agiu bem, a recompensa surge. E o melhor da vida, o que mais compensa, é um bom estado de alma.

“Você pode até me empurrar de um penhasco que vou dizer:

- E daí? EU ADORO VOAR”!

Esta afirmação foi feita pela Notável e Saudosa Clarice Lispector, mas ela estava em um momento em que vertia uma série de pensamos paradoxais. No fundo mesmo, a Cecília e todos nós gostamos de atenção, carinho e nada desse negócio de nós empurrar de um penhasco. Mas se gostamos de ser acarinhado, de gente atenciosa aos nossos dizeres, por que muitas vezes machucamos a pessoa que nos ama? O que penso, com sinceridade, é porque a pessoa que nos ama ainda não nos deu um pé na bunda. Eu já levei dois e depois fiquei com a visão bem nítida do quanto àquelas mulheres eram especiais pra mim.

Concluindo, eu não disse quase nada do que queria dizer, me perdi no transcurso do texto, mas prometo que um dia eu digo aquilo que quero dizer.

Por enquanto, beijos e abraços, amo vocês.

Evaldo.