O CIRCO (reedição)
O CIRCO
-“ Respeitáááável público!”
-“ O palhaço o que é? É ladrão de muié!”.
Quem, quando criança, não foi a um circo? Entrou numa fantástica viajem de sonhos e fantasia? Pelo menos uma vez alguém foi, não? O mundo encantado da criançada que se divertiam com as trapalhadas dos palhaços e seu carro maluco que saia explodindo por todos os lados. As bofetadas que eles davam nos companheiros que os faziam virar do avesso. As tortas na cara. Falando por mim, eu me divertia e sempre que podia repetia a dose pedindo para os meus pais me levarem outra vez. Era uma festa.
Além dos palhaços o que era bonito e também muito emocionante era o show dos trapezistas, arriscando as vidas em mil tipos de piruetas, embora houvesse uma rede de proteção embaixo para amortizar a queda caso caíssem. Tinha a apresentação dos cavalos amestrados, chimpanzés que andavam de patins. E os cachorros amestrados? Domadores de leões que quando apresentava seu número levantava aquele “uuuu” de admiração pelo jeito como controlava os animais. Mas o que eu mais gostava mesmo era dos palhaços. E teve palhaços muito famosos: Carequinha, Arrelia, Picolino e Castelinho – estes dois daqui da minha região – e muitos outros que agora não me lembro mas que alguém deve ainda se lembrar. Mundo encantado para adultos e crianças.
Hoje são poucos os circos como os de antigamente. Vemos por aí simples barracas em que os “artistas” se apresentam com o intuito de arrecadar dinheiro para sustentarem suas vidas. Os palhaços estão tristes, já não sorriem como antes. Riam e faziam rir. Os animais estão sós, mal alimentados. Os leões, os reis da selva, estão abandonados em suas gaiolas e deixados à sorte, pois seus donos não têm como sustentá-los, obrigando as instituições recolhê-los antes que morram. Muitos mal tratados e machucados, como às vezes vemos em reportagens na televisão.
Hoje existem circos famosos, como aquele que é mostrado no Fantástico e que se apresenta em cidades brasileiras, mas que é muito caro para a maioria da população o Circo do Sol.
Mas para que a geração circense não se perca existem as escolas de circo, que ensinam para os que têm dons, os malabarismos, contorcionismos, estrepolias dos palhaços, malabarismos que antes víamos nos circos de nossa infância.
Igual não vai ser mas é uma maneira de se preservar o que de mais belo havia naqueles tempos: a alegria e a vontade de sorrir.
26/7/2008