SUSSURROS DO VENTO À DOIS

                        O vento disse-me que bons tempos estão vindo. Vem deslizando nas nuvens, colorido como o arco-íris. São ventos que levam a tempestade e trazem o espetáculo do amanhecer!
            Na imensidão da cobertura celeste, o azul torna-se límpido à espera de um sorriso capaz de brilhar por todo o horizonte. Um sorriso que expresse a magia translúcida de um sentimento de paz
            E da paz, renasce a fênix branca luzindo o rastro de esperança onde antes era escuridão. Pássaros, borboletas e vaga-lumes mostram o caminho que escondia a beleza implícita.
            A beleza que encanta com todo o lirismo da vida e faz o caminho mais longo, cada vez... mais curto se seguido com passos largos da alegria, confiança e bem viver.
            E assim acontecendo a sinfonia humana das vidas. Onde cada um de nós é capaz de compor melodias a cada passo, a cada canto, a cada jornada. A vida é maestrina, e o coração é o regente.
           Oh coração capaz de amar mais intensa e francamente, pura e loucamente. Ilimitadamente.  Sem pensar ele sorri, abraça e dança incansável valsa de tilintar paixão. Doce tolo dos inocentes. Jovem guerreiro encantado dos amantes. Ama, sofre, ama e não descansa.
           Se doar de corpo e alma seguindo a marcha na doce leveza com que se encanta tem a consciência da eterna dependência do outro. Mas, e somente, mas não se culpa... Apenas dança fora do ritmo da música, seja acompanhado de outrem ou de si mesmo. Sombra do que um dia foi, em busca incessante de ser feliz.


Renato de Paula Silva e Eliana Vera
Enviado por Renato de Paula Silva em 07/02/2012
Código do texto: T3484786
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