Resolvi desenferrujar
Não gosto de academia, tampouco sou disciplinada a ponto de fazer minhas caminhadas (a passos de tartaruga) com regularidade. Caminho um dia, no outro acontece alguma coisa, não vou... Por isso ultimamente tenho me sentido enferrujada. Mas tomei uma decisão. Hoje fui à minha primeira aula individual de Pilates e fiquei animada.
Apesar de estar na moda, eu pouco sabia sobre ele, Pilates, o criador dos exercícios. Tinha ouvido falar que durante a guerra ajudou soldados feridos a se reabilitarem. Pensei que fosse médico e que a guerra fosse a segunda. Mas não era isso. Ele não era médico e o ocorrido se deu na primeira guerra mundial.
Joseph Pilates nasceu na Alemanha em 1880. Quando criança teve muitos problemas de saúde, por isso começou a praticar atividades físicas: lutas, artes marciais, mergulho, yoga, ginástica olímpica e se tornou atleta. Autodidata, estudou anatomia, fisiologia e medicina, inclusive a oriental. Achava que ser saudável era ter a mente forte para obter o controle do próprio corpo. No início da guerra ele vivia na Inglaterra e era lutador profissional de boxe. Sendo alemão, foi preso como ‘inimigo’ e mandado para um campo especial. Lá, convenceu seus colegas a praticar uma série de exercícios no solo, criados por ele. Mais tarde, foi trabalhar com soldados feridos e mutilados. Sem maiores recursos, começou a utilizar molas das camas e outros acessórios improvisados, até velhos amortecedores de carro e assim conseguiu reabilitar muita gente. Em 1926 mudou-se para os Estados Unidos. Na viagem conheceu uma enfermeira que se tornou sua aluna e com ela se casou. Posteriormente ela o ajudou a sistematizar o método nomeado por ele de Contrologia. Em Nova York abriram o primeiro estúdio e passaram a trabalhar na reabilitação de bailarinas que sofriam de lesões. Somente depois de sua morte, em 1967, é que o método se tornou conhecido como Pilates. Sem ser aeróbicos, os exercícios trabalham a respiração, musculatura, força e equilíbrio, além da concentração.