NADA A VER...
Nome é algo de mais pessoal que um ser humano pode ter. Afinal é através dele que passamos, com o registro, a fazer parte da sociedade como cidadãos. É algo próprio, intransferível. A variedade de nomes é imensa e a criatividade dos pais não tem limites. Sou de opinião que as pessoas deveriam ter mais cuidado com o nome que dão aos filhos. Alguns chegam as raias do ridículo devido a combinações elaboradas ou por ignorância ou por excesso de criatividade (?).
Fui professora por vinte e cinco anos, depois ingressei no serviço burocrático de um órgão da Secretaria de Educação. Tanto entre os antigos alunos, como hoje no Setor de Aposentadoria, tenho me deparado com nomes esdrúxulos, muitos dos quais fazem o detentor do mesmo dar a impressão que tem receio de expressá-lo em voz alta. Alguns lembram cantores com nome e sobrenome acrescentados do sobrenome do vivente como, por exemplo, Jerry Adriani de Souza, John Lennon da Silva, Magaiver de Jesus Oliveira... Sem falar na infinidade de variações originadas do Michael Jackson. É Míke, é Maique, é Maicon e por aí vai...
Por outro lado, existem nomes que não combinam de jeito algum com a pessoa. Uma linda mulata com o nome de Branca. Uma menina alegre como um passarinho que se chama Maria das Dores. Dona Paciência, uma dona de casa nervosa, irritadiça, impaciente. Um menino franzino, doentio, denominado Hércules... Mas, em contrapartida existem pessoas cujo nome assenta como uma luva! A gente olha e pensa: só podia se chamar Vitória, pois se sai maravilhosamente bem em tudo o que faz.
É óbvio que os pais não podem adivinhar que aquela menininha que denominaram Flor passe a vida destilando espinhos... Mas, as combinações de nome e sobrenome dos ídolos, essas podem ser evitadas pois, na realidade, o bebezinho é muito pequeno e tem uma vida pela frente para carregar o peso de um Arnold Shawarzenegger Pereira.