O HOMEM DAS TOLAS TROVINHAS .
.....escritores e escritoras, poetas e poetisas que fazem parte da “Turma da fita métrica” , de vez em quando me corrigem e ensinam que o que escrevo e publico na verdade não são trovas e sim quadras .
Eles não deixam de ter razão mas a grande verdade é que não publico trovas (...e nem quadras...) , mas sim algumas tolas trovinhas .
São tolas porque não falam de corações despedaçados, amores mal conduzidos, paixões desenfreadas , traições , mentiras e as clássicas punhaladas nas costas .
Também não costumo escrever sobre lágrimas que parecem mais cachoeiras que despencam do alto de uma montanha.
Sem querer bancar o irreverente e nem ser mal interpretado, me surpreendo quando num dia leio sobre amores que se foram, que a dor dói demais, que lágrimas de sangue escorrem por faces sofridas e doloridas e no dia seguinte, quando volto ao mesmo lugar , leio que um lindo arco íris brilha com intensidade, que nuvens de paz e felicidade povoam aquela existência, que amor é maravilhoso e coisas assim .
Tudo bem, entendo que escritores e escritoras, poetas e poetisas têm todo o direito (...não sei se dever...) de expressar sentimentos e surtos psicóticos mas, como a leitura é facultativa e jamais será obrigatória, prefiro ficar aqui no meu cantinho publicando umas coisinhas bem tolinhas que, em primeiro lugar me satisfazem e fazem rir e em segundo, desejando que possam contribuir para espalhar ao vento bolhas de entusiasmo e confiança, germes (...perdoem pelo termo...) de equilíbrio e bom senso e gotículas de positivismo e alegria .
Se escrevo tolas trovinhas, posso me considerar um homem tolo (...já escrevi uma crônica sobre o tema : “O louco e o tolo”...) porque, embora saiba que exista e até respeite o lado negativo da vida, a face sombria das perturbações e negatividades , dores e sofrimentos (...que na esmagadora maioria das vezes passam muito rápido e logo são esquecidas...) , prefiro continuar falando de coisas amenas, de bondade, de alegria e principalmente que a felicidade existe, está sempre muito perto de nós e que é um equívoco, para não me plagiar dizendo que é tolice, jurar de pés juntos que felicidade é só por poucos momentos .
Gosto de escrever sobre o cotidiano, sobre o que vejo nas minhas caminhadas e nas várias andanças e, se procuro dar um ar mágico e alegre (...e muitas vezes brincalhão...) ao que escrevo, lamento, mas vou continuar fazendo o possível para não escrever nada que seja intensamente fantasioso , que possa provocar cachoeiras de lágrimas e uma saraivada de dardos venenosos impregnados de tristeza e melancolia .
Sou desses, desses tolos indivíduos que acreditam que tudo tem um motivo, que a vida tem sempre um lado melhor pra tudo , que sempre vem o sol depois das piores tempestades e, principalmente , que otimismo não é só uma virtude, é muito mais que uma necessidade .
Gosto de escrever trovinhas e como são muito tolinhas, fica aí claro que meus tolos versinhos não podem ser considerados uma obra e muito menos criação de um poeta que aliás, é muito bom que se frise , de poeta não tenho nada, nem os cabelos compridos .
Apesar de ser uma pessoa de aspecto sério, dar raras gargalhadas, tenho (...e mantenho a ferro e fogo...) o meu lado alegre, muito do meu lado criança e o máximo possível do meu lado caipira .
Tudo isso junto, quer dizer, o meu lado alegre, o meu lado ainda criança (...apesar de ser um sujeito sério e com cabelos prateados...) e meu jeitão caipira , é que me ajudam a escrever tolas trovinhas que são na verdade, uma pequena diversão, uma distração , um jeitinho muito meu de brincar com algumas letrinhas .
Afinal de contas , sou apenas o homem das tolas trovinhas .....
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(.....a segunda imagem é que é do google , já a primeira.....)