O RESPEITO NOSSO DE CADA DIA

     As pessoas se acostumam e contentam com tão pouco!

Hoje pela manhã quando ouvi a reportagem da quadrilha que foi presa por desviar os remédios do SUS, destinados a pessoas com câncer, não resisti e pensei:
     _Esses remédios não teriam que ser catalogados, registrados , controlados e por fim, serem destinados aos pacientes em tratamento de câncer?
 Ora, se precisamos comprar na farmácia um antedepressivo (deve ser essas barbaridades que nos dão depressão), temos que apresentar CPF, Identidade, endereço e muito mais, como não ter um controle dos  remédios  que saem da farmácia dos hospitais públicos sem nenhum critério de registro?
Como um chefe da quadrilha já condenado pelo mesmo
crime em 2007, consegue um esquema desses de dentro de uma penitenciária, durante quatro anos, e só descobriram agora? Nesse período em quanto fomos
roubados? Quantas vidas se perderam, esperando pela dose de um único remédio que poderia  quem sabe salvar ou amenizar a dor?
É , contentamos com muito pouco, mesmo perdendo uma vida querida,  acreditamos que o atendimento  foi especial. 
     Vejo num Hospital Escola aqui na minha cidade, pacientes empilhados em macas enferrujadas em corredores fétidos.  Pacientes que esperam por meses uma cirurgia na perna quebrada, sem parafusos para enroscar na porca enfermaria  sem recursos! Mais esperem! O que ouço dizer é que tudo está muito bem com a saúde pública! Como? Eu vivenciei, pessoas com traumatismos graves, ficarem por dias a fio esperando um exame, e morrem antes da liberação dos pedidos! Que saúde é essa heim?
     Roubo, corrupção, ganância, desvios... poderia citar dezenas de atos , ações e atitudes que matam a nossa percepção de querer mais, de exigir mais, de sonhar com o que precisamos  e merecemos.
Onde estão os milhões destinados à saúde no Brasil?
 Até chegar por aqui já foram“redestinados” para compra de lanchas, viagens, carros importados e o parco recurso que consegue chegar ao seu destino final, fatal que não vai conseguir suprir o mínimo das necessidades de nenhum hospital.
E, estamos gratos, pois estamos acostumados a contentar com tão pouco!
Acostumamos com o horário de verão, que bom, que quando eu volto pra casa ainda está dia, e quando saio pela manhã, ainda é madrugada! E eu ainda economizo no consumo da energia, pra mim nada significativo, mais se pensarmos nas hidroelétricas! Há, irão economizar com a nossa aceitação, gerando lucros de energia fartamente redistribuídos! Onde? Duvido de tudo isso!
 E tem mais, por acaso, nosso  biológico  entende essas mudanças no tempo? Estamos mesmos acostumados com tão pouco! 
     Verba destinada a construir moradias nas cidades abaladas e destruídas pelas enchentes, quando chegam as prefeituras desaparecem, e muitas vezes nem aparecem, isso nós estamos acostumados a ver e viver, tudo exatamente do jeito que a tempestade deixou, sem pontes, sem casas, sem vidas.
E ainda temos eleição! Que maravilha, votamos em palhaços e garantimos a eles uma vida de rei, com seus
salários que para nós uma fantasia, fantasia de palhaços,
pra nós também que estamos acostumados com tão pouco!
     Precisamos mudar essa história, nada de bancar quadrilhas organizadas que se enriquecem passando por cima de nós, obras superfaturadas, desvios da merenda escolar, e quantas outras barbaridades que nem imaginamos que existem!
 Quem sabe se nas próximas eleições os candidatos não tenham que passar numa prova como o ENEM, ganhar uma cesta básica e um gordo  salário mínimo, que graças à DEUS já teve aumento esse ano, rsrsrsr.E, não se assuste se não tiver candidato algum, o mais importante é que nesse momento nós vamos  ter aprendido a querer mais,  a entender o que é melhor pra nós, a exigir atitudes que concorram para o bem comum, ver que não são os bandidos que ditam as leis, perceber que merecemos muito mais do que nos oferecem, que temos o poder do voto, da voz e da nossa inteligência para saber com certeza quem vai cuidar e representar  nossos direitos! Queremos respeito!
 Assim não dá pra ficar, solução urgente temos que providenciar.