PAUSA
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Isabel C. S. Vargas
Muitas ocasiões parecemos sufocados em meio a tantos compromissos que almejamos mais tempo para dar conta de tudo. É que vamos assumindo encargos em excesso que os mesmos não cabem no número de horas do dia. O que é necessário é não assumir tantas tarefas para que se tenha mais equilíbrio e mais oportunidade de realmente viver e desfrutar bons momentos, senão como já dizia Quintana, quando se vê, passaram 60 anos.
Não adianta lamentar o que já ficou para trás, sábio é corrigir o agora e conseqüentemente melhorar o que está por vir. Em meio ao turbilhão de acontecimentos, é comum nos aborrecermos, reclamar, criar situações de atritos que mais dissabores ocasionarão. Ora, se sabemos que é necessário manter a calma, que a vida se faz em diferentes etapas, diferentes vivências e como diz Guimarães Rosa ...”esquenta e esfria,aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta”, essencial mesmo é ter coragem para enfrentar o que se apresentar e corrigir os pequenos (ou grandes) erros de percurso. Entre estas correções está não reclamar, agradecer, o que se tem, esquecer os momentos ruins, reavivar as boas lembranças da infância, da adolescência ou da idade adulta, não importa a época, recordar as pequenas vitórias obtidas, não por vaidade, mas para reafirmar nossa força interior para empreender novas conquistas, lembrar nossos entes queridos (como se fosse possível esquecê-los),as coisas boas que deles recebemos e que levaremos sempre conosco.
Há quem diga que escrever estes bons momentos os tornam eternos, além de possibilitar o exercício da memória e proporcionar um bom desabafo nos deixando mais leves.
Um bom e relaxante exercício contra o estresse é a leitura, a atividade manual,a música, momentos de contemplação da natureza (a lagoa em dias de muita luz e calmaria é uma excelente opção),assim como instantes de isolamento, quietude e silêncio para refletir, sem ruídos que não sejam os de nossa voz interior.Momentos de relaxamento com um animal de estimação é revigorante, nos dá muita alegria . O espírito desarmado e distanciamento para melhor observar à volta nos leva a perceber que o tempo traz dissabores, mas também a cura das dores, assim como o vento fustiga as folhas , mas traz o perfume das flores.