O mal

Às vezes me pego pensando no que pode significar a essência do mal. A nosso ver, socialmente falando, o mal é tudo aquilo que vem de encontro com as nossas intenções, a nossa vontade. Tudo o que nos ameaça é o mal! Mas se analisarmos de uma forma mais profunda, perceberemos que o mal em muitos casos é relativo e não retrata uma realidade concreta, por que está dentro da dialética da vida.

Penso que o mal na verdade está dentro da intenção da força que move o instrumento que lhe dá guarida. Há maldade quando há a vontade explicita de se prejudicar alguém para se tirar proveito de tal atitude, sem se levar em consideração o prejuízo que se pode estar causando. Podemos ser usados como instrumentos de uma transformação na vida de outro, mas seremos cobrados por isso, no futuro.

Quando alguém deseja algo que tem dono e que vai trazer dor ou sofrimento a perda do móvel do anseio do sujeito que se beneficia, mesmo que momentaneamente com o beneficio causado pelo domínio da propriedade alheia em detrimento de consciências que serão obrigadas a se expandir, vivenciando na sua dor a força e a energia necessárias, pela destruição e criação de uma lacuna em seu meio, está feito o mal.

Assim, é necessário que tenhamos em nossa consciência a certeza de que tudo o que fazemos na vida, é responsabilidade nossa. Posso dizer que o predador se apossa do corpo da caça para se alimentar, mas isso não dá o direito a um ser consciente de tirar a vida de outra criatura, apenas para dar sustentação à sua. O planeta está em mudança perplexa, que certamente o levará à construção de uma nova mentalidade.