Este movimento eu apoio

Não sou de me atrelar a correntes, e participar de manifestações em prol de qualquer coisa, mas confesso que precisei sair dessa linha e começar a fazer parte de um movimento que surgiu recentemente – que aliás, já deveria ter surgido a mais tempo – e anda circulando por ai. O principal meio de disseminação do movimento – e não teria como ser diferente – é a grande rede mundial, também conhecida como internet, porém, já é possível perceber o movimento também em mensagens de texto de celulares, em folders colocados na caixinha dos correios, em alguns outdoors, na toalhinha que forra a mesa de algumas lanchonetes, e até mesmo em papeis colados em postes de luz próximos a pontos de ônibus, cada um, que acredite que esse movimento tem alguma valia, espalha da maneira que achar melhor. É o movimento

“Doe um fone de ouvido a um funkeiro”.

E o movimento não terá vida fácil, pois a “luta” é contra uma cultura de massa, é não é tão simples gerar consciência na mente de pessoas socialmente distintas, quando estas possuem enraizadas, uma condição ideológica: perturbar a paz de outros passageiros dentro dos ônibus. Desculpem-me o termo, mas é um verdadeiro inferno ter que fazer uma viagem de horas ouvindo o celular de um funkeiro tocando funk de forma escandalosa. E trata-se de um grupo bem organizado e doutrinado por origens cogonais, eles estão protegidos pelo nosso querido e democrático direito de ir e vir, lei do livre arbítrio, liberdade de expressão, essas coisas que fazem algumas pessoas, de forma distorcida, acreditarem que podem fazer tudo que quiserem que ninguém tem nada a ver com isso. É claro que este é apenas o rótulo do movimento, não vamos sair por ai distribuindo fones de ouvido a todos os funkeiros que virmos compartilhando seus funks em celulares estridentes em ônibus, pois de bundinha de neném, cabeça de político, e da mente de funkeiros, não sabemos o que vem. O movimento visa levar de alguma forma ao conhecimento deles, que o que eles fazem é um “pé no saco”

Se bem que a maioria deles já sabe disso, e pra eles é ai que está a graça.

Prof Cristiano Cruz
Enviado por Prof Cristiano Cruz em 02/02/2012
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