Milho verde, pamonha, curau...
 

 

 

Houve um tempo em que à beira das estradas todo dia surgiam novos  locais de venda de pamonha. Era o Rancho da Pamonha, o Rei da Pamonha, o Cantinho da Pamonha e até Os Irmãos Pamonha! Alguns cresceram, viraram ponto obrigatório, vivem lotados de ônibus nas épocas de romaria. Minha mãe adorava, gostava de parar em qualquer barraquinha que fosse, comia uma ali mesmo e ainda levava outras para casa. Eu não gosto. Nem de pamonha, nem de curau, embora seja louca por milho verde. Ninguém entende, gosto de milho salgado, seja cozido ou assado, na espiga ou ‘de lata’. Por esses dias temos nos deliciado com espigas fresquinhas, recém-colhidas de uns pés plantados aqui no quintal. Milho ‘do jardim’, como dizem os franceses. Adoro saboreá-las quentinhas com manteiga derretendo por cima... Não me convidem, porém, para tomar suco ou sorvete de milho.

 

Mas eu sou eu e meu marido é outra pessoa. Ele gosta de curau e ontem pediu que eu fizesse. Ai, ai, ai, nunca fiz isto na vida e mamãe não está mais aqui pra me socorrer. Mas fui à luta, procurei receitas e para ser sincera, nem achei tão difícil assim. Por fim o curau ficou bonito e ficaria mais ainda salpicado de canela como sempre vi, mas ele não quis, então os potinhos foram assim mesmo para a geladeira. Hoje pude vê-lo provar. Fez cara de quem gostou, felizmente. No entanto, disse que estava um pouco doce demais e que a consistência precisa ser melhorada... Da próxima vez eu acerto!




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