SÓ O AMOR É VERDADEIRO

Só o amor é verdadeiro

As vezes embalamos sonhos a vida inteira. O tempo passa, as mutações corriqueiras da vida acontecem e se nos visitam... Entra dia e sai noites pela tangente e tudo nos parece interminável... Mais ao sair do banho em uma manhã d inverno é que notamos o espelho embaçado e, incontinenti o limpamos e nossos rostos logo reflete, assim, notamos que os anos passaram, que já não temos a pujança da juventude e que deixamos de gostar de certas futilidades, preferido a tranqüilidade do lar e a segurança, mesmo onde ela não exista... Ocorre-nos que a seletividade entre pessoas é uma condição na escolha de quem está só. Não é que as pessoas busquem no universo de oportunidades uma identificação com os preceitos que professam...

Eu tenho ouvido homens re mulheres discutirem na infantilidade da infâmia, da blasfêmia de que o companheiro ou companheira deveria ter: beleza; boa apresentação; corpo sarado, cheiro de perfume Frances, situação financeira definida e que a química entrelaçada em simples olhares fossem complementos indispensáveis, e que tenha bens aposentadoria , uma gorda conta bancaria e se possível sem herdeiros. Utopia, Nada disso é tão importante quando o candidato ou candidata a um relacionamento tenha em seu peito um coração que transborda de amor puro para dar...

As falésias que o tempo deixa, o afundamento de crateras jamais corrigidas, nas rochas da vida, as estradas e as pontes da existência destruídas mais de cujo sinal indica siga em frente.

Outro dia eu encontrei um viajante que havendo percorrido toda a estrada, deparou-se com um precipício com uma placa indicativa FIM DE LINHA, ele quis voltar mais notou que as suas costas nada havia. Ele chorou copiosamente e soube ter a sua estrada findado, sua lambança itinerante lhe fez ver que em um passado próximo ele dispensou a companhia de uma mulher que tinha todos os predicados que a vida podia ofertar a um mortal, menos um, ela era pobre, não tinha ouro ou prata o que para ele era o pior defeito em uma pessoa, sendo incorrigível. Mais agora, ali, onde nada ou ninguém poda salva-lo da eminente morte, antes que o vento soprasse forte e acabasse com aquilo que ele chamou de vida por tantos anos, ele compreendeu que nada no mundo se compara ao amor e que o dinheiro nenhum no mundo pode comprar um abraço amigo, um beijo, uma cabana à beira mar ou nas encostas de uma montanha, de passar a noite inteira deitado em finas areias com a mulher amada, de ver o crepúsculo e ser acordado com gotas de orvalho ao nascer de um novo dia de amor, a epopéia de uma convivência que valeu viver. Mas ele, agora despencara do precipício para um abismo sem fim e em sua consciência, seu ultimo senimento foi de medo pelo que ainda haveria de porvir...