A vingança da dona Idalina.

Há dois dias chove torrencialmente na Baixada Santista.

Hoje acordei tarde como se estivesse de férias. Não tenho nada pra fazer na rua, e a casa foi bem cuidada pela faxineira.

Ler, escrever e hidratar os cabelos é o meu programa de hoje.

Ainda vestia pijamas quando o interfone disparou. Passei a mão num vestido solto e desci as escadas, cuidadosamente: “Oi quem é?”

O interfone permaneceu mudo. Tornei a perguntar, e nada.

Toda vez que acontece isso, sorrio e me lembro de quando fazia o mesmo na única casa que tinha campainha no bairro onde nasci.

Coitada da dona Idalina! Será que ela ainda não se sentiu vingada?

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 27/01/2012
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