HASTA LA VISTA, BABY!
Ao buscar as características de meu signo, Sagitário, encontro, entre outras, as seguintes:
Perfil: o Sagitário é um eterno "buscador". Aventureiro por excelência, está sempre disposto a descobrir novos horizontes, sem perceber fronteiras ou limites que o impeçam de se expandir, seja qual for a meta estabelecida. O otimismo é sua marca registrada, por pior que uma situação possa parecer, eles sempre acreditam que, ao virar a esquina, tudo vai melhorar.
Talvez por isso eu goste tanto de viajar, de conhecer novos lugares e pessoas. Já visitei algumas cidades brasileiras, dentre elas as seguintes capitais: Vitória (Rs,rs,rs....), Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Fortaleza, Curitiba, Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre e Brasília.
Em 2008, eu resolvi conhecer o exterior e escolhi o país onde tenho amigos: Estados Unidos da América. Gostei, voltei em 2011 e este ano fui parar não apenas em Martha’s Vineyard (a ilha onde Barack Obama passa as suas férias), como também em New Jersey e Manhattan, onde, respectivamente, moram e trabalham as linharenses que muito nos orgulham: as J. Sisters (joga no Google para saber quem são elas).
Como turista contida pelo tamanho do meu bolso e pela cota de U$500,00 permitida para compra de “lembranças”, tenho de me conter nas “Dollar Tree”, uma rede de lojas que vende tudo (produtos chineses, afegãos, paquistaneses, americanos... em sua maioria) a U$1,00 cada. Nesses locais, é importante se lembrar de que coisas volumosas ou pesadas podem fazer o passageiro ter vários problemas e despesas ao voltar: pagar mala extra, pagar excesso de peso e/ou envio à sala da polícia federal para verificação de conteúdo de bagagem.
Mesmo sabendo disso tudo, insisto em comprar lembrancinhas para os meus familiares, meus 500 alunos e para os amigos mais próximos. Quando vejo, tenho de dar um pulinho em algum Wall Mart para comprar uma segunda mala e tenho de usar toda a minha capacidade de organização para fazer as bugigangas caberem nelas.
Na tarde da minha volta ao Brasil, já no aeroporto JFK, descobri a possibilidade de despachar as bagagens em ambiente externo da American Airlines. Informei-me sobre o funcionamento, aceitei as condições, mas quando o funcionário foi pesar a primeira mala ele declarou: “U$200,00 de excesso de peso!”
Reclamei dizendo não ser justo, já que eu pagara a metade disso ao trazer uma mala extra no ano anterior. O moço concordou comigo dizendo: “Tudo bem, você pode decidir por isso, mas se você for comprar uma mala aí dentro do aeroporto, vai custar muito mais”.
Pensei com meus botões: F.D.P!!!, mas apenas disse: “O que você pode fazer por mim?” Lá pelas tantas ele apareceu com uma mala azul, com aparência de usada, mas em bom estado e me disse: “ Coloque aqui algumas coisas que estão nesta sua bagagem mais pesada”. Comecei a fazer isso, imaginando a história do dono original daquela mala que me era oferecida. De repente, me ocorreu perguntar-lhe quanto eu teria de pagar por ela, ao que ele me respondeu: “As much as you want!” (= “quanto você quiser”!).
Acabei a “arrumação” e decidi lhe dar U$20,00 pela mala e assim procedi. Acredita que ele me chamou em um canto, me mostrou o dinheiro que eu lhe dera e me disse: “This is for me. What about the extra bag?” (= Esse é para mim. E o da mala extra?).
Não acreditei! Americano é igual a brasileiro quando quer “dar pernada” nos outros? Ele não dissera que a mala custaria o que eu entendesse que ela valia? Tive vontade de mandá-lo para aquele lugar, mas meti a mão na carteira, vi que eu tinha uma nota de U$20,00, uma de U$5,00 e três de U$1,00. Pensei rapidamente e decidi que eu lhe daria apenas as notas menores, totalizando U$8,00.
Ele avidamente as colocou no bolso, sem reparar a quantia que eu lhe dera. Agradeci, despedi-me dizendo “Hasta la vista, baby!”, e rapidamente entrei no aeroporto, antes que ele descobrisse que a “sua” mala valera apenas U$28,00.
Só espero não encontrá-lo por lá no próximo ano. Aliás, NÃO VOU ENCONTRÁ-LO NUNCA MAIS! Afinal, meu signo não diz que “o otimismo é minha marca registrada”?