MÃE NATUREZA - 36

Mãe extremosa, carinhosa, que a cada manhã acorda o filho em sua cama, que com os raios do sol, beija seu rosto amado, e com cuidado abre a janela, deixando a brisa entrar, para seus pulmões abastecer de ar.

Mãe, que num ato de amor, dá-lhe a terra fértil, para seus castelos de sonhos construir, e também para cultivar, dá-lhe os rios, que encheu de águas cristalinas, para que possa se banhar, beber, e com o peixe sua alimentação complementar.

Uma mãe, que tudo dá ao filho, mas que também se decepciona, ao vê-lo sem cuidado, destruindo, por desleixo, todo seu legado.

Os raios de sol, pela poluição envenenados, o ar não é mais puro, tendo de ser purificado, e a terra que agora é seca, agredida, desmorona, e o rio quase sem peixes, onde o lixo é depositado.

E, ela vendo isto se descontrola, manda a enchente, o vendaval, o raio, castiga o filho ingrato, num ato desesperado, impensado, mas que só ela sabe, ser justificado.

Mas coração de mãe logo se arrepende, e para compensar o filho insano, enfeita a terra, com um Arco Iris deslumbrante, que vai surgindo lentamente, e a chuva mansa, que agora cai suavemente, são lágrimas da tristeza desta mãe, que ante o filho inconsequente, se sente triste, quase impotente...

Lani (Zilani Celia)
Enviado por Lani (Zilani Celia) em 26/01/2012
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