UM ACORDO BEM MANEIRO

Um dia pensei: - que bom se a Ciência e as Religiões firmasse um acordo para por as coisas em pratos limpos.

E não é que a idéia do acordo prosperou.

Marcada a reunião, comparecimento das partes, e no início da seção os religiosos resolveram fazer uma breve preliminar em busca de dízimos para o boníssimo Deus.

Tudo bem, ninguém reclamou, até porque, a turma da Ciência e seus seguidores eram ínfima minoria, poucos gatos pingados...

O Tema inicial era a criação do mundo e quem fez, se o Juca ou o João e quanto tempo levou?

Os Religiosos afirmaram que o tempo de criação foi de seis dias e no sétimo o Criador descansou.

Os Cientistas afirmaram que já decorreram bilhões de anos e o mundo ainda está em construção.

Quanta distância em relação ao tempo, nobres senhores – disse o Mediador.

Ai, eles resolveram fazer um ajuste no tempo de construção que agradassem as partes.

Em um acordo de cavalheiros, sem puxar muito pra lá ou muito pra cá, os Religiosos disseram:- a bem da verdade o mundo foi feito em nove dias, tempo 50% maior do que nossas declarações anteriores. Estamos cedendo e confirmando a nossa boa vontade em um acordo que não deixe tão mal a Ciência, com o seu tempo absurdo e exagerado.

E quem fez o mundo não foi o Juca e nem o João, foi um elemento ainda não identificado, mas estamos em diligência para buscá-lo, porque ainda restam pequenos reparos para fazer.

O Representante da Ciência comovido com tal benevolência dos Religiosos, concordou que a razão estava cm eles, e fez o seu arrazoado final: - Puta que o Pariu, vamos deixar esta porra de acordo pra lá. Damos vivas às Religiões e, para não sermos injustos, Vivas também para o Lula, para o Sarney, para o PT, para os aliados e, para não corrermos o risco da omissão, Vivas para todos os corruptos do Planeta.

E o povo nessa história?

Bem, dizem que o povo adora um ar quente no cangote, logo que seja o bafo do político ou de um líder religioso.

E depois vem a velha reclamação, aquela de sempre: - pô, eles estão sempre a fim de nos fuder!!!

Evaldo.