DEVEMOS DIZER O QUE SOMOS E SENTIMOS?
Nosso universo emocional é gigantesco, dizemos e manifestamos o que sentimos; OU NÃO!E exteriorizamos esses sentimentos compatíveis com a verdade do que realmente sentimos; OU NÃO!
Esse o grande entrave para a humanidade caminhar com saúde mental, e onde há saúde mental não existe conflito...
Quem externa que é egoísta, mentiroso, avarento, detrator da vida alheia, censor de condutas sem estar em nenhum tribunal aplicando a lei? Ninguém....É humano? Lógico. Mas nunca será o desejável. E com esse padrão caminha o universo das gentes e por esse padrão se mostram as patologias, físicas e emocionais.
Ninguém escapa de sua realidade, não vivê-la é profunda ruína pessoal, mesmo que haja riqueza material.
Consultório psicanalítico, creio, não é bom abrigo, a experiência diz, desconserta mais do que acerta, por liberar sem resolver.
Uma grande inteligência, faz tempo, vaticinou e me disse o que ocorre , psicanálise é a maior chantagem do século. Estão aí seus resultados, desfavoráveis.
Ajudar a resolver não é resolver. Só nós podemos resolver, SENDO O QUE SOMOS, E TENTANDO CORRIGIR OU CORRIGINDO DEFINITIVAMENTE NOSSOS DESVIOS DE CONDUTA, MESMO OS QUE NÃO AGRIDEM A ORDEM PÚBLICA, AS LEIS, ESTANDO “ INTRA MUROS”, SÓ NÓS OS CONHECEMOS E ALGUMAS PESSOAS COM A CAPACIDADE DE CONHECER MAIS PROFUNDAMENTE AS EMOÇÕES HUMANAS.
A mitomania do mentiroso não é resolvida em consultórios, carece o doente de ser mais do que é ou foi, conheço esses perfis, da mesma forma a avareza do avaro não se dissipa em frente ao psicólogo ou psicanalista, ensina Dawkins, biólogo ateísta, e nisso concordo com ele, é retenção praticamente genética.
Se observarmos pessoas com essa conduta veremos que ascendentes foram iguais. Seja o que formos, contrários ao padrão desejável de conduta, racional e confortável socialmente para o convívio, devemos dizer o que sentimos, melhor, dizer o que somos, seja o que for, ainda que reprovável para o normal aceito. Sou intransigente com determinadas posturas, e por isso áspero, por franqueza, mais franco que a própria franqueza. Isso gera reações, mas as enfrento, digo o que sou, o que sinto.
Nenhuma cortina esconderá de nós o que somos, nossa realidade, nem se deixará de ficar visível, mais ou menos dias.
É preciso dizer o que sentimos, sermos verdadeiros.
Sem esse posicionamento, diante do espelho, se constata: essa imagem é de outra pessoa, não sou eu, não é minha imagem. Sou um desenho abandonado por quem o fazia para buscar linhas verdadeiras, sou uma eterna caricatura. É triste, mas funciona assim, e a pessoa continua caminhando com esse ser falso que é ele mesmo. É o caos do humanismo, a perda da identidade, a insuficiência dos sentidos, faltos e botos na procissão das emoções.
Eugênio Mussak, biólogo, em interessante livro, “Preciso dizer o que sinto”, explicita com razão que acolho e endosso, que “Egoísmo e egocentrismo podem ser parecidos, mas são diferentes. Egocentrismo é inato. Todos nascemos voltados para o próprio umbigo, ao passo que o egoísmo vem mais tarde, fruto dessa degradação na fase adulta. Por isso o avarento se assemelha à criança mimada.” Perfeito......
Sob o pálio da mentira a vida será ruína e mentirosa, e essa mácula, a mentira, apaga qualquer valor positivo que queira se afirmar.