REDIVIDINDO AS METADES
Novamente me pus a ouvir o poema "Metade", de Oswaldo Montenegro. Ele sempre me faz pensar muito. Quantos de nós se depara a todo momento com as metades de si mesmo?
Tem dias em que a única coisa que quero é colo... então chega alguém que demonstra precisar mais desse aconchego que eu mesma.
Tem momentos da minha vida que quero sair, curtir e não pensar no amanhã, até que minha filha adoece e meu lado mãe faz com que eu fique e reze por um amanhã melhor.
Tem instantes de angústia em que preciso chorar e gritar para que minh'alma se aquiete... nesse momento meu telefone toca e alguém chora em desespero, calando meu grito e motivando minha fala consciente.
E peço licença a esse gigante da poesia em ousar dizer que por vezes, somos tão divididos, que deixamos de ter metades e descobrimos que nos dividimos em terças e até quartas partes...
Lutarei para manter minhas metades íntegras e saudáveis.
Metades que convivem pacificamente dentro de mim.
Metades que se respeitam.
Metades que sabem agir e sabem esperar.
Metades que dependem apenas de mim para existirem e coexistirem em meu mundo.
Metades de mim mesma...
Bjim inteiro a todos!