Pé na areia

 

 

Há tempos eu não sentava numa praia em dia de sol. E nunca havia usado um ‘serviço de praia’. Aliás, nem sabia ao certo o que era isto. Lembro de ter visto algo semelhante séculos atrás, em frente de alguns hotéis chiques em Copacabana: garçons servindo caipirinha a gringos branquelos estirados em cadeiras preguiçosas debaixo de guarda-sóis exclusivos. Mas agora parece que se tornou moda. Condomínios de edifícios ‘pé na areia’, mesmo em cidades mais modestas, estão prestando este serviço, incluídos nas taxas condominiais, é claro. Aprendi, em Bertioga, que pé na areia são casas ou prédios situados nas imediações da orla, justamente como o apartamento onde mora a filha, a um quarteirão da praia. Temos, então, mediante identificação, barraca e cadeiras à nossa disposição, que desde cedo ficam armadas e vigiadas por um funcionário. Uma garçonete circula por ali oferecendo bebidas e petiscos, o que não tem nada a ver com o nosso prédio, são de responsabilidade de um quiosque.

 

Assim que nos instalamos, percebi que a moça trazia copos de plástico, garrafa térmica e uma mesinha a quem lhe fazia pedidos. Lembrei dos gaúchos, catarinenses e argentinos que levam essas garrafas para a praia, porque não dispensam o famoso mate. Mas aqui? Logo vi que elas não contêm água quente. Estão cheias de... cerveja! Geladinha.