Coincidências
Nao sei se acredito em coincidências...
Perguntaram-me, eu fiquei sem saber o que dizer.
Tenho observado o mundo e o que vejo são ditames do que se constrói... Muitos são os caminhos e, pelo que noto, a maioria deles é desenhada com lápis e borrachas.
Muitas palavras que converso ficam no ar e alguém as pega... Faz um fantasma de ditos alheios...
Se toca o telefone, e eu sei quem é? Pode ser coincidência... Pode ser que eu apenas estivesse pensando saber...
Existem palavras que são apenas minhas, mas aqui dentro, então, não haverá coincidência que inunde o sentimento.
Se pergunto das ondas...siatêmicas voltas do mar... Se andamos de mãos dadas pelo mar do destino... Só haveria um dialogar tão próximo, como o das palavras nos meus ouvidos, a permear para outras línguas.
Se transformo o teu declínio em aparato gigante... Se te dou as voltas de lençóis de seda...Como ignorar as flores que aparecem nas etiquetas?
Não sei se a prosa fica rica, ao espernear as palavras de tantas marias...Só sei que existem dores e cores... Medidas e tamanhos... Véus e máscaras... Existe o bem e o mal... Inteligências raras.
Coincidência deveria ser levar a comida à fome...
Coincidência é lambuzar-se no próprio veneno...
E, andar de costas, ativa o cérebro... Posso pensar nisso depois.
Porque, agora, se existe a bola de sabão, porque não investigar a fundo todo o corroer...
... Se há fogo, há fumaça...Ou seria coincidência demais se fosse o contrário.
Nao sei se acredito mais em coincidências... Mas, acredito em telefone sem fio...
11:27