POR ONDE EU ANDEI
Cá estou de regresso, tirando o chapéu pra os amigos que cá deixei, confessando o muito de saudade que senti.
Por onde andei o sol se fez presente todos os dias e para me sentir de bem com a vida bastou uma rede na varanda, um cachorro por perto, uma boa música, pássaros e mais pássaros cantando, lagartixas subindo nos coqueiros, sagüins tentando invadir a cozinha, noite estreladas, caminhadas solitárias junto ao mar, a leitura de um bom livro, regando a grama, ouvindo pescadores na porta chamando - dona Maria! e querendo vender o seu peixe. Vivendo esses momentos me lembrei da Martha Medeiros quando afirmou que a gente pode ser feliz por nada, sem questionamentos, sem essa de autoconhecimento, afinal, a vida não é um questionamento de Proust e você não precisa ter que responder ao mundo quais são as suas qualidades, que tipo de pessoa você é. Da minha parte sou o que sou e não passo de um “imperfeito bem-intencionado que muda de opinião sem a menor culpa”.
O certo é que gostei desses dias vivendo nesse mundo natural sem buscar explicações para a aparente complexidade da Natureza, sem me preocupar em olhar por cima dos muros que me cercam. E se me fosse perguntando se por esses dias fiz algum progresso pessoal, responderia feito o filósofo Sêneca: “Pergunta-me qual foi meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo”.
Cá estou de regresso, tirando o chapéu pra os amigos que cá deixei, confessando o muito de saudade que senti.
Por onde andei o sol se fez presente todos os dias e para me sentir de bem com a vida bastou uma rede na varanda, um cachorro por perto, uma boa música, pássaros e mais pássaros cantando, lagartixas subindo nos coqueiros, sagüins tentando invadir a cozinha, noite estreladas, caminhadas solitárias junto ao mar, a leitura de um bom livro, regando a grama, ouvindo pescadores na porta chamando - dona Maria! e querendo vender o seu peixe. Vivendo esses momentos me lembrei da Martha Medeiros quando afirmou que a gente pode ser feliz por nada, sem questionamentos, sem essa de autoconhecimento, afinal, a vida não é um questionamento de Proust e você não precisa ter que responder ao mundo quais são as suas qualidades, que tipo de pessoa você é. Da minha parte sou o que sou e não passo de um “imperfeito bem-intencionado que muda de opinião sem a menor culpa”.
O certo é que gostei desses dias vivendo nesse mundo natural sem buscar explicações para a aparente complexidade da Natureza, sem me preocupar em olhar por cima dos muros que me cercam. E se me fosse perguntando se por esses dias fiz algum progresso pessoal, responderia feito o filósofo Sêneca: “Pergunta-me qual foi meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo”.