O TEMPO É IMPLACÁVEL
"Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo; a única
falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará jamais".
(Mario Quintana)
Quantas vezes deixamos de fazer algo que nos satisfaria alegando falta de tempo. Ou porque é o trabalho que nos exige demais, ou as obrigações nos esgotam, ou nossa agenda está sempre cheia e assim vamos desfiando um rosário de deveres, de compromissos que nos estressam, que acabam, muitas vezes, com nossa saúde. E aquilo que poderia amenizar esse corre-corre, aquilo que poderia aliviar nosso estresse, ou seja, um momento, por menor que seja, de lazer, nós relegamos a segundo plano. Nos transformamos numa máquina 24 horas por dia. Sim, 24 horas, porque até nossos sonhos, devido às preocupações, são feios, agitados, negros, o que nos acarreta um acordar cansado, como se trabalhando estivéssemos no momento em que o corpo deveria repousar.
Como bem disse o poeta, não se deve deixar de fazer algo devido à falta de tempo. Sempre haverá um momento do dia para relaxar. Para o bem da nossa saúde física e mental, devemos assumir esse momento, porque o tempo é inclemente e amanhã poderá ser tarde demais. Quando nos damos conta, já se passaram quarenta, cinquenta, sessenta anos e as chances vão, uma a uma, indo embora, ficando no passado. E então, a única hora que teremos será aquela de lamentar esse tempo que não voltará jamais. O passado é imutável; o amanhã, quem sabe? O presente, este sim, é o palco da nossa atuação...