Falando em música...


Não sou nenhuma conhecedora do assunto, mas é uma das minhas paixões. Sinto-a correr em minhas veias como fogo que abrasa e arrebata nossas emoções...
Lamento apenas não ter dedicado mais cedo de uma forma melhor quando havia tempo pra me aperfeiçoar.

Na década de 60 fui me aproximando timidamente, fazia aulas de acordeão. Através destes ensinamentos começava a tocar marchinhas e valsinhas, doces e serenas assim como minha professora Coralina.
Já em 70 conhecia um mestre maravilhoso na arte das cordas: Toledo. Nascia o gosto pelas canções populares que muito me inspiraram. Estava encantada com a diversidade das composições de nossos artistas. Do romance ao protesto.

Havia belas canções e nasciam nesta época novos cantores e compositores, mas Roberto Carlos era o rei. Confesso que não era sua fã, apesar de alguns pôsteres no quarto de dormir, mas reconhecia que ele era ‘o Cara’. Suas letras e melodias eram perfeitas naquela época e respeitado por todos. Eles sabiam das coisas...

Muitas vezes deixamos de dizer o que sentimos em relação aos artistas por parecer clichê, o que não nega o fato da maioria de nós, nem saber cantarmos ou mesmo citar o nome das músicas, enfim, uma ‘leva’ de compositores surgiam com força total: Chico, Caetano, Jards Macalé, Ruy Maurity, Benito de Paula, Vandré, Simonal, entre outros.

Recentemente ouvi de um afinador de piano, americano, em visita à escola de música aonde frequento que, quando ele chegou ao Brasil há mais ou menos quinzes anos, não entendia porque endeusávamos músicos como Caetano, Chico Buarque, Djavan, porque ele achava esses tipos, uns chatos e desafinados...
Depois de certo tempo ele compreendeu que não era bem assim, teve tempo de estudar e reconhecer a nossa música popular. Ele estava muito, muito equivocado.
[E, por falar nele, tenho que reconhecer que não é apenas um afinador de pianos, mas sim um talentoso pianista e nos mostrou o que realmente é uma paixão pelo blues.]

Sou e serei sempre uma estudante de musica, porque sou teimosa e tenho sede de conhecimento, por isto, na década de 90, me ingressei nos estudos da flauta doce, foi um casamento que até hoje não me separei. Com ela fui parar numa universidade de música popular que, hoje, estou formando com muito orgulho. Pudera, com mestres de calibre inquestionáveis, não poderia ser de outra forma, né!
Tenho muito que agradecer aos mestres com quem aprendi muito: Ian Guest, Guido Campos, Cleber Alves, Felipe Moreira, Gilvan de Oliveira, viu como não mentia sobre o naipe de pessoas maravilhosas e dominantes no assunto?!
E, também ao Grupo Ponto de Partida, que tornou tudo isso possível.
A formatura sempre parece finalizar uma etapa em nossas vidas, mas pra mim, é um novo recomeço.

Bem, hoje é só o que tenho a dizer e dia 17 de março curtir bastante essa formatura cujo tema será ‘baile de formatura’, e as bandas que irão tocar, com certeza, animará os convidados, sabe por quê? Serão os formandos... Vou lá e arrasar!

02 de março de 2011.